tag:blogger.com,1999:blog-77451365895505612322023-06-20T06:59:02.774-07:00Textos sobre CatolicismoAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/13084987825337135010noreply@blogger.comBlogger7125tag:blogger.com,1999:blog-7745136589550561232.post-476093041121369332016-02-26T06:25:00.001-08:002016-02-26T06:38:28.518-08:00ORDENAÇÃO E SACERDÓCIO<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 3pt 0cm; text-align: center;">
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 3pt 0cm;">
<span style="font-family: "book antiqua" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Por
William Webster<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 3pt 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "book antiqua" , "serif"; font-size: 12.0pt;">No Novo Testamento e nos escritos
dos Pais Apostólicos não há menção de um grupo especial de homens separados
para ministrarem como sacerdotes. O Novo Testamento especificamente ensina que
Cristo foi o cumprimento do sacerdócio do Antigo Testamento e é agora o único
mediador entre Deus e os homens (1Tm 2.5). O Novo Testamento declara inequivocamente
que o sacerdócio humano que Deus estabeleceu sob a lei mosaica foi posto de
lado uma vez que Cristo veio. Essa é a verdade demonstrada no paralelo entre
Cristo e Melquisedeque no capítulo 7 de Hebreus:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt 35.35pt 3pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "book antiqua" , "serif"; font-size: 12.0pt;">“Porque, mudando-se
o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei... Porque o
precedente mandamento é ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade (Pois
a lei nenhuma coisa aperfeiçoou) e desta sorte é introduzida uma melhor
esperança, pela qual chegamos a Deus” (Hb 7.12,18-19).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt -0.05pt 3pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt -0.05pt 3pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "book antiqua" , "serif"; font-size: 12.0pt;">A Escritura ensina
que o antigo sistema foi posto de lado porque era imperfeito e não poderia
concluir o que Deus requeria, mas agora que Cristo veio, ele tem cumprido perfeitamente
os requerimentos para a salvação. Ele mesmo se tornou no último sacrifício e
sacerdote. Assim, não é necessária a continuação dos sacrifícios, pois ele
concluiu a obra de sacrifício por sua morte, e não há mais a necessidade de
sacerdócio porque ele é um sacerdote para sempre, de acordo com a ordem de
Melquisedeque:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt -0.05pt 3pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt 35.35pt 3pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "book antiqua" , "serif"; font-size: 12.0pt;">“E muito mais
manifesto é ainda, se à semelhança de Melquisedeque se levantar outro
sacerdote, que não foi feito segundo a lei do mandamento carnal, mas segundo a
virtude da vida incorruptível. Porque ele assim testifica: Tu és sacerdote
eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque” (<a href="https://www.bibliaonline.com.br/acf/hb/7/14-17"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Hebreus 7:15-17</span></a>).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt 35.35pt 3pt 35.45pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt -0.05pt 3pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "book antiqua" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Cristo é um eterno
sacerdote porque ele vive no poder de uma vida indestrutível, e o escritor aos
Hebreus salienta que isso é também um sacerdócio exclusivo – suas funções não
podem ser transferidas para ninguém mais: “Mas este, porque permanece
eternamente, tem um sacerdócio perpétuo” <a href="https://www.bibliaonline.com.br/acf/hb/7/24"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">(7.24</span></a>). A palavra
“perpétuo” é a palavra grega que quer dizer “imutável, não passível de ser
transmitido a um sucessor” (<i>Thayer’s
Greek-English Lexicon</i>, p.54). Como Philip Hughes tem comentado:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt -0.05pt 3pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt 35.35pt 3pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "book antiqua" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Como um sacerdote
que, de acordo com a afirmação do Salmo 110, permanece para sempre e que,
portanto, mentem seu sacerdócio permanentemente, não há necessidade nem lugar
para qualquer tipo de sucessão no seu caso. Pelo fato de ele não morrer, seu
próprio sacerdócio não morre, nem é transmitido a outros; não pode haver
nenhuma forma de passar a outros um ofício que é única e exclusivamente seu.<a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/ORDENA%C3%87%C3%83O%20E%20SACERD%C3%93CIO.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt 35.35pt 3pt 35.45pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt -0.05pt 3pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "book antiqua" , "serif"; font-size: 12.0pt;">O claro e explícito
ensino dessas passagens é que Jesus Cristo não instituiu uma nova ordem de
sacerdotes humanos através de seus discípulos porque a Escritura ensina que seu
sacerdócio removeu a velha ordem e agora exerce um exclusivo e eterno
sacerdócio, cujas prerrogativas não podem ser transferidas para nenhum outro.
Concordemente, as Escrituras ensinam que os homens tem agora acesso direto a
Deus através de Jesus Cristo. Eles não mais precisam de um sacerdócio humano e
muito menos de sacrifícios, pois ele se tornou nosso sacrifício e nosso
sacerdote.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt -0.05pt 3pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "book antiqua" , "serif"; font-size: 12.0pt;">No Novo Testamento,
os dois maiores ofícios humanos que são mencionados para a supervisão contínua
da Igreja são distintivamente diferentes do sacerdócio que antes existia. Esses
ofícios são aqueles de “presbítero” e “diácono”. O “presbítero” ou “supervisor”
é designado como aquele que é chamado por Deus para ensinar e governar, e o
“diácono” é chamado para ministrar em um serviço mais prático. Esses são os
dois termos usados para “supervisor” no Novo Testamento – <i>presbuteros</i> e <i>episkopos</i>:
embora sejam traduzidos por “presbíteros” e “bispos” respectivamente, eles são
usados intercambiavelmente no Novo Testamento.<a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/ORDENA%C3%87%C3%83O%20E%20SACERD%C3%93CIO.docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Paulo e Pedro, por exemplo, usam os termos presbítero e bispos para descrever o
mesmo ofício. A palavra <i>presbuteros</i>
ou “presbítero” descreve a posição, enquanto <i>episkopos</i> descreve a função dos presbítero como aquele que governam
ou supervisiona. O Novo Testamento exorta os crentes a serem submissos e
obedientes aos presbíteros que Deus tem posto sobre eles (cf. 1Pe 5.5; Hb
13.17). O Novo Testamento não usa o termo sacerdotes – <i>hiereus </i>– para se referir a um ofício separado do ministério
cristão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt -0.05pt 3pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "book antiqua" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Similarmente, nos
antigos escritos da Igreja nenhuma menção de sacerdotes é feita no ministério
cristão. Há, às vezes, alguns paralelos feitos entre os ofícios do Novo
Testamento e as funções ministeriais do sacerdócio na antiga dispensação – como
encontrados nos Escritos de Clemente e Inácio, por exemplo – mas eles não
ensinam que o ministério e ministros do Novo Testamento são os mesmos do Antigo
Testamento. Clemente em 1Clemente 40-41 usa o sacerdócio do Antigo Testamento
como uma ilustração de um principio de chamado e ordenação divinos. Naquele
tempo, Deus especificamente chamava e apontava certos homens para performar um
ministério específico que deveria ser exercido de uma forma particular. Ele
então aplica tal principio aos seus leitores sob a dispensação do Novo
Testamento para alertá-los de que Deus ainda chama e aponta homens para cumprir
o papel de pastor, presbítero e diácono, e que os crentes devem ser cuidadosos
em se submeter às autoridades que Deus tem estabelecido na Igreja.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt -0.05pt 3pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "book antiqua" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Clemente nunca usou
o termo “sacerdote” para descrever um ministro cristão. Isso também ocorre para
todos os escritos dos Pais Apostólicos. Policarpo, Inácio, Clemente e <i>A Didaquê</i>,<i> </i>todos usam os termos “bispo” ou “presbítero” e “diácono” quando se
referem àqueles responsáveis pelo ministério cristão. Esses são os termos
empregados pelo próprio Novo Testamento. Quando esses e outros escritores fazem
uso do temo grego para “sacerdote” (<i>hiereus</i>),
é sempre em referência ao Antigo Testamento ou a pessoa de Cristo. O primeiro
uso da palavra para se referir a ministros cristãos se encontra em Orígenes, o
Pai grego do século 3. Clemente de Alexandria, escrevendo na última metade do
século 2, usa a palavra para descrever todos os cristãos em geral.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt -0.05pt 3pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "book antiqua" , "serif"; font-size: 12.0pt;">É com os Pais
Gregos do século 4 que encontramos a palavra <i>Hiereus</i> universalmente aplicada para descrever os ministros cristãos.<a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/ORDENA%C3%87%C3%83O%20E%20SACERD%C3%93CIO.docx#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>
E é com Tertuliano, no Ocidente, que os inicios de uma função sacerdotal no
ministério cristão começa a se tornar evidente, pois ele usa o termo latino <i>sacerdotium</i> (sacerdócio) para descrever
um ministro cristão. É claro que nos primórdios do terceiro século estavam
começando a serem vistos como sacerdotes similares àqueles do Antigo
Testamento. O termo grego <i>presbuteros</i>
aparentemente mudou de significado, de seu uso original, e passou a ser
identificado como um ministro sacerdotal – embora não inteiramente caracterizado
por aquilo que mais tarde se desenvolveu no sistema católico romano. Após examinar
a evidência do antigo desenvolvimento do sacerdócio, Richard McBrien concluiu
que:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt -0.05pt 3pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt 42.4pt 3pt 35.45pt; text-align: justify; text-indent: -0.05pt;">
<span style="font-family: "book antiqua" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Contanto
os cristãos entendessem a si mesmos como o renovado, não novo, Israel, eles não
tiveram a ideia de substituir o sacerdócio judeu por um sacerdócio próprio... não
até os antigos cristãos concluírem que eram de fato parte de um movimento radicalmente
novo, distinto do Judaísmo, que foi a base do desenvolvimento de um sacerdócio cristão
separado. Outros eventos acentuaram esse processo: o número crescente de
gentios convertidos, o deslocamento da liderança para longe da igreja de
Jerusalém e para as igrejas de Roma, Antioquia, Éfeso e Alexandria, a destruição
do Templo e, finalmente, as próprias tendências sectárias do Judaísmo no período
pós-destruição. Concomitantemente, havia um crescente crescimento do
reconhecimento caráter sacrificial da Eucaristia, que clamava por um sacerdócio
de sacrifícios distinto do sacerdócio judaico.<a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/ORDENA%C3%87%C3%83O%20E%20SACERD%C3%93CIO.docx#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt 42.4pt 3pt 35.45pt; text-align: justify; text-indent: -0.05pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt -0.1pt 3pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "book antiqua" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Pelo
tempo de Tertuliano havia uma diferenciação clara entre leigos e o que McBrien
chama de “sacerdotes”. Ter uma ordem separada de homens destinados ao ministério
não é contraditório ao padrão bíblico, como temos visto, mas o que é contraditória
é a aplicação de uma função sacerdotal a essa ordem. Foi Cypriano que
cristalizou essa aplicação estabelecendo um paralelo direto entre o Judaísmo e
o ministério do Novo Testamento. Ele diretamente aplicou as funções e posição
dos sacerdotes do Antigo Testamento aos oficiais da igreja cristã, e assim
agindo, forjou a “concepção sacerdotal do ministério cristão como uma das agências
mediadoras entre Deus e o povo”.<a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/ORDENA%C3%87%C3%83O%20E%20SACERD%C3%93CIO.docx#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a>
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt -0.1pt 3pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "book antiqua" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Na
visão católica romana, a ordenação e o sacerdócio conferem sobre o indivíduo a habilidade
e autoridade para administrar os sacramentos e a ensinar e governar a igreja. É
um sacramento solene sem o qual o indivíduo não está apto a cumprir seu papel
como sacerdote, pois este sacramento supostamente põe sobre o individuo uma
marca indelével que ele nunca perderá. Esse ensino foi primeiramente anunciado
por Agostinho, mas por muitos anos a ordenação não foi considerada um sacramento.
Esse ponto de vista de ordenação e ministério sacerdotal evoluiu como todo o
conceito de salvação e graça sacramental que foi desenvolvido na Igreja, de
modo que apenas um sacerdote autorizado, separado por Deus como no Antigo
Testamento, poderia administrar os sacramentos do batismo, da eucaristia, da
confissão e da penitência, e assim entregar a salvação ao povo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt -0.1pt 3pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "book antiqua" , "serif"; font-size: 12.0pt;">É
claro a partir do Novo Testamento que há um conceito de ordenação para ministério
cristão – o reconhecimento público e a separação de um individuo especificamente
chamado por Deus para assumir o papel de um pastor ou presbítero. A ordenação é
o reconhecimento público pela igreja de um dom soberano dado por Deus e
independente de qualquer obra humana. Mas tal função nada tem que ver como o
sacerdócio, pois, como mencionado acima, o Novo Testamento ensina que <i>todos </i>os cristãos têm sido separados
como sacerdotes espirituais no Reino de Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt -0.1pt 3pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "book antiqua" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Cristo
não poderia ter instituído um novo sacerdócio nos moldes do Antigo Testamento,
pois tal função de mediação foi anulada agora que ele se tornou um perfeito
sacrifício pelo pecado.</span><span style="font-family: "book antiqua" , serif; font-size: 12pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt -0.05pt 3pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "book antiqua" , "serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt -0.05pt 3pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "book antiqua" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><br />Texto extraído da
obra <i>The Church of Rome at the Bar
of History</i> de William Webster, pp. 91-95.</span><o:p></o:p></div>
<div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/ORDENA%C3%87%C3%83O%20E%20SACERD%C3%93CIO.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "book antiqua" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "book antiqua" , "serif";"> Philip Hughes, <i>A Commentary on the Espistle to the Hebrews</i> (Grand Rapids:
Eerdmans, 1977) p. 268.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/ORDENA%C3%87%C3%83O%20E%20SACERD%C3%93CIO.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "book antiqua" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "book antiqua" , "serif";"> Por exemplo, Atos 20.17,28.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/ORDENA%C3%87%C3%83O%20E%20SACERD%C3%93CIO.docx#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "book antiqua" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "book antiqua" , "serif";"> <i>A
Patristic Greek Lexicon</i> de G.W.H. Lampe (Oxford: University, 1961),
menciona pais como Dídimo o Cego, Basílio, Crisóstomo, Teodoreto, Gregório de
Nazianzo, Cirilo de Alexandria e Gregório de Nissa como aqueles que usaram o
termo.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/ORDENA%C3%87%C3%83O%20E%20SACERD%C3%93CIO.docx#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "book antiqua" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "book antiqua" , "serif";"> Richard McBrien, <i>Catholicism,</i> vol.III (Mineapolis:
Winston, 1980), p.802.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/ORDENA%C3%87%C3%83O%20E%20SACERD%C3%93CIO.docx#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "book antiqua" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "book antiqua" , "serif";"> Ibid., vol.III, pp.12-127.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13084987825337135010noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7745136589550561232.post-11144060269625990472015-09-16T12:18:00.002-07:002015-09-16T12:21:10.715-07:00A ASSUNÇÃO DE MARIA<h3 style="margin: 4pt 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">Por William Webster</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;">A doutrina católica romana da
assunção de Maria está igualmente desprovida de qualquer tipo de evidência
convincente.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Roman%20Church%20at%20the%20Bar%20of%20History%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/A%20ASSUN%C3%87%C3%83O%20DE%20MARIA%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Ela ensina que Maria foi ascendida ao céu em corpo e alma sem que tenha
experimentado a morte, ou logo após sua morte. Esta alegação extraordinária só
foi oficialmente declarada como um dogma da fé católica romana em 1950, embora
tenha sido crida por muitos por centenas de anos. Contestar essa doutrina, de
acordo com o ensinamento romano, resulta na perda da salvação, mesmo não
havendo prova escriturística para ela e mesmo escritor católico romano Eamon
Duffy entendendo que “claramente não há qualquer evidência histórica que a
apoie...”<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Roman%20Church%20at%20the%20Bar%20of%20History%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/A%20ASSUN%C3%87%C3%83O%20DE%20MARIA%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o.docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;"> Por
séculos na Igreja antiga houve um completo silêncio a respeito o fim de Maria.
A primeira menção dele é feita por Epifânio em 377 d.C., e ele especificamente
declara que ninguém sabe o que aconteceu com Maria. Ele viveu próximo à
Palestina e se houve mesmo uma tradição crida e ensinada na igreja quanto às
assunção de Maria ele a teria afirmado. Mas ele claramente declara que “ninguém
conhece o fim dela”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Roman%20Church%20at%20the%20Bar%20of%20History%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/A%20ASSUN%C3%87%C3%83O%20DE%20MARIA%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o.docx#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Em adição a Epifânio, há Jerônimo que também viveu na Palestina e não registra
qualquer tradição de uma assunção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;"> Isidoro
de Sevilha, no século VII, ecoa Epifânio dizendo que ninguém possui absolutamente
qualquer informação sobre a morte de Maria. Portanto, não existe testemunho
patrístico sobre esse assunto. Mesmo historiadores católicos romanos admitem
prontamente este fato: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 49.55pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;">Nestas condições,
não buscaremos o pensamento patrístico – como alguns teólogos ainda hoje, de
uma forma ou de outra, buscam – para nos transmitir, a respeito da Assunção de
Maria, uma verdade recebida tal como no inicio e comunicada a eras
subsequentes. Tal atitude não corresponde aos fatos.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Roman%20Church%20at%20the%20Bar%20of%20History%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/A%20ASSUN%C3%87%C3%83O%20DE%20MARIA%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o.docx#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;"> Como
então este ensino veio a ter tamanha proeminência na Igreja a ponto de ser
declarado como uma questão de dogma em 1950? O primeiro Pai da Igreja a afirmar
explicitamente a assunção de Maria foi Gregório de Tours em 590 d.C. Mas as
bases para seu ensinamento não era a tradição da Igreja, mas sua aceitação de
um evangelho apócrifo conhecido como o <i>Transitus
Beatae Mariae</i> cujas as primeiras informações são do fim do século V e que
foi atribuído de forma espúria a Melito de Sardis. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;"> Muitas
versões desta literatura foram desenvolvidas ao longo tempo e são encontradas
em todo o Oriente e Ocidente, porém todas originadas de uma única fonte. Assim,
a literatura do <i>Transitus</i> é a
verdadeira fonte do ensino da Assunção de Maria e as autoridades católicas
romanas admitem esse fato. O mariólogo Juniper Carol, por exemplo, escreve: “a
primeira testemunha expressa no Oriente de uma genuína assunção vem a nós através
de um evangelho apócrifo, o <i>Transitus
Beatae Marieae </i>do Pseudo-Melito”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Roman%20Church%20at%20the%20Bar%20of%20History%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/A%20ASSUN%C3%87%C3%83O%20DE%20MARIA%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o.docx#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Foi através deste escrito que os mestres do Oriente e do Ocidente passaram a
abraçar e promover o ensinamento. Mas foram necessários vários séculos para que
ele começasse a ser geralmente aceito. O mais antigo discurso existente sobre a
Festa da Dormição de Maria afirma que a Assunção de Maria veio do Oriente em
fins do século VII e inicios do século VIII.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Roman%20Church%20at%20the%20Bar%20of%20History%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/A%20ASSUN%C3%87%C3%83O%20DE%20MARIA%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o.docx#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a>
A literatura do <i>transitus </i>é,
portanto, altamente significativa e importante para que entendamos a natureza
destes escritos. A Igreja Católica Romana quer nos fazer crer que este
evangelho apócrifo expressa uma crença comum existente entre os fieis a
respeito de Maria e que o Espírito Santo o usou para tornar mais generalizada a
consciência da Igreja sobre a verdade da Assunção de Maria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;"> No
entanto, a evidência histórica sugere o contrário. A verdade é que, assim como
com o ensino da imaculada conceição, a Igreja Romana tem abraçado e é
responsável por promover ensinamentos que não possuem origem entre os fieis,
mas em escritos heréticos que foram oficialmente condenados pela Igreja antiga.
A história prova que o ensinamento do <i>Transitus
</i>fez com que a Igreja o considerasse herético. Em 495 d.C. o Papa Gelásio emitiu
um decreto intitulado <i>Decretum de Libris
Canonicis Eclesiasticis et Apocryphis.</i> Esse decreto apresenta de forma
oficial os escritos que eram considerados canônicos e aqueles que eram
apócrifos e deveriam ser rejeitados. Ele traz uma lista de escritos apócrifos e
faz a seguinte declaração a respeito deles:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 49.55pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;">Os escritos
restantes que tem sido compilados ou reconhecidos pelos heréticos e cismáticos
a Igreja Católica e Apostólica Romana de forma alguma os recebe; destes,
pensamos ser certo citar abaixo alguns que tem sido transmitidos, mas que devem
ser evitados pelos católicos.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Roman%20Church%20at%20the%20Bar%20of%20History%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/A%20ASSUN%C3%87%C3%83O%20DE%20MARIA%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o.docx#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 49.55pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;">Na lista de
escritos apócrifos que devem ser rejeitados, Gelásio apresenta a seguinte obra:
<i>Liber qui apelatur Transitus, id est
Assumption Sanctae Mariae, Apocryphus.</i><a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Roman%20Church%20at%20the%20Bar%20of%20History%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/A%20ASSUN%C3%87%C3%83O%20DE%20MARIA%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o.docx#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a><i> </i>Isso quer dizer especialmente o escrito
do <i>Transitus</i> da Assunção de Maria. No
fim do decreto ele declara que essa e todas as outras literaturas listadas são
heréticas e que seus autores e ensinos e todos os que aderem a eles estão
condenados sob o anátema eterno e indissolúvel. Ele também põe o <i>Transitus </i>na mesma categoria de escritos
heréticos como os de Arius, Simão o Mago, Marcião, Apolinário, Valentino e
Pelágio. Essas são suas palavras: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 49.55pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;">Esses e [escritos]
similares a esses, que... todos os heresiarcas e seus discípulos ou cismáticos
tem ensinado ou escrito... confessamos não serem apenas rejeitados, mas também
banidos de toda a Igreja Católica Romana e juntamente com seus autores e
seguidores são condenados para sempre em indissolúvel vínculo de excomunhão.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Roman%20Church%20at%20the%20Bar%20of%20History%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/A%20ASSUN%C3%87%C3%83O%20DE%20MARIA%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o.docx#_ftn9" name="_ftnref9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 49.55pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;">O Papa Gelásio
explicitamente condena os autores bem como seus escritos, os ensinamentos que
eles promovem e todos os que os seguem. E, significantemente, todo esse decreto
e sua condenação foram reafirmados pelo Papa Hormisdas no século VI. Esses
fatos provam que a Igreja antiga via o ensino da Assunção de Maria não como uma
expressão legítima de uma crença piedosa dos fieis, mas como uma heresia digna
de condenação. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;">Há aqueles que
questionam a autoridade do assim chamado decreto gelasiano em bases históricas
dizendo que é atribuído a Gelásio de forma espúria. Entretanto, as autoridades
católicas romanas Denzinger, Charles Joseph Hefele, W.A. Jurgens e a <i>Nova Enciclopédia Católica</i> afirmam que o
decreto deriva do Papa Gelásio,<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Roman%20Church%20at%20the%20Bar%20of%20History%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/A%20ASSUN%C3%87%C3%83O%20DE%20MARIA%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o.docx#_ftn10" name="_ftnref10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a>
e o Papa Nicolau I em uma carta aos bispos da Gália (c. 865 d.C.) cita
oficialmente esse decreto e atribui a Gelásio I.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;">Pio XII, em seu
decreto de 1950, declarou a Assunção de Maria como um dogma revelado por Deus. Mas
as bases sobre as quais ele justifica sua asserção não são nem a Escritura nem
o testemunho patrístico, mas uma teologia especulativa. Ele conclui que, por
ele <i>parecer </i>racional e porque Deus deve
ter seguido certo curso de ação com respeito à pessoa de Maria, e porque ele
tem todo o poder – o que ele tem realmente demonstrado – devemos, portanto,
acreditar que ele agiu dessa forma. Tertuliano lidou com um raciocínio similar
de certos homens em sua época que procuravam apoiar ensinamentos heréticos com
o argumento de que nada é impossível para Deus. Suas palavras permanecem como uma
grande repreensão à Igreja Romana de nossos dias em seus equivocados ensinamentos
sobre Maria: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 49.55pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;">Mas se nós escolhermos
aplicar esse princípio tão extravagante e severamente em nossas imaginações
caprichosas, nós podemos então entender que Deus tem feito tudo o que nós
queremos, sobre a base de que nada é impossível para Ele. Entretanto, não
devemos supor que pelo fato de Deus poder todas as coisas Ele tenha feito o que
de fato não fez. Nós devemos procurar saber <i>se
ele realmente fez isso</i>... será seu dever, no entanto, aduzir provas a
partir das Escrituras como nós fazemos.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Roman%20Church%20at%20the%20Bar%20of%20History%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/A%20ASSUN%C3%87%C3%83O%20DE%20MARIA%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o.docx#_ftn11" name="_ftnref11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;">Tertuliano diz que
nós só podemos saber se Deus tem feito algo pela validação da Escritura. Não ser
capaz de fazê-lo invalida qualquer alegação de ensino revelado por Deus. Isso nos
leva novamente ao princípio patrístico da <i>Sola
Scriptura</i>, um princípio que tem sido repudiado pela Igreja Católica Romana
e que tem resultado em sua adesão e promoção de ensinamentos que nunca foram
ensinados na Igreja antiga, tais como a Assunção de Maria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;">O único motivo que
o fiel católico romano possui para crer no dogma da Assunção de Maria é que a “Igreja
Infalível” o declarou. Mas dados os fatos acima, a alegação de infalibilidade
mostra-se completamente infundada. Como pode uma Igreja que é supostamente
infalível promover ensinamentos que a Igreja antiga condenou como heréticos? Enquanto
um antigo Papa decreta anatemizados aqueles que creem no ensino de um evangelho
apócrifo, agora um decreto papal condena àqueles que descreem dele. A conclusão
tem de ser que ensinamentos tais como a Assunção de Maria são ensinamentos e
tradições de homens, não revelações de Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;">Extraído do livro <i>The Church of Rome at the Bar of History </i>[A
Igreja de Roma no Tribunal da História] de William Webster, pp. 81-85.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;">Tradução livre:
Fabiano Raposo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Roman%20Church%20at%20the%20Bar%20of%20History%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/A%20ASSUN%C3%87%C3%83O%20DE%20MARIA%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Para documentação sobre o dogma da
Assunção de Maria veja apêndice 7.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Roman%20Church%20at%20the%20Bar%20of%20History%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/A%20ASSUN%C3%87%C3%83O%20DE%20MARIA%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Eamon Dufy, <i>What Catholics Believe About Mary</i> (London: Catholic Truth Society,
1989), p.17.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Roman%20Church%20at%20the%20Bar%20of%20History%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/A%20ASSUN%C3%87%C3%83O%20DE%20MARIA%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o.docx#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> “Mas se alguns pensam que estamos
enganados, deixe-os procurar nas Escrituras. Eles não encontrarão a morte de
Maria; não encontrarão se ela morreu ou não morreu; não encontrarão se ela foi
sepultada ou não... A Escritura é totalmente silente [sobre o fim de Maria]...
De minha própria parte não me atrevo a dizer, mas mantenho meus próprios pensamentos
e pratico o silêncio... O fato é que a Escritura ultrapassa o entendimento
humano e deixa [essa questão] incerta... Ela morreu? Não sabemos... Se a santa
virgem morreu e foi sepultada... Ou se foi assassinada... Ou se permaneceu
viva, sendo que nada é impossível para Deus que pode fazer o que desejar; <i>pois seu fim ninguém conhece</i>”
Epiphanius, <i>Panarion</i>, Haer. 78.10-11,
23. Citado por Juniper Carol , O.F.M. ed., <i>Mariology</i>,
vol.II (Milwaukee: Bruce, 1957), pp. 139-40.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Roman%20Church%20at%20the%20Bar%20of%20History%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/A%20ASSUN%C3%87%C3%83O%20DE%20MARIA%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o.docx#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Juniper B. Carol, O.F.M., Ed., <i>Mariology</i>, vol.I (Milwaukee: Bruce,
1955), p. 154.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Roman%20Church%20at%20the%20Bar%20of%20History%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/A%20ASSUN%C3%87%C3%83O%20DE%20MARIA%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o.docx#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Ibid., vol.I, p. 149.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn6">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Roman%20Church%20at%20the%20Bar%20of%20History%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/A%20ASSUN%C3%87%C3%83O%20DE%20MARIA%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o.docx#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Ibid., Vol.II, p.147.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn7">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Roman%20Church%20at%20the%20Bar%20of%20History%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/A%20ASSUN%C3%87%C3%83O%20DE%20MARIA%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o.docx#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> <i>New
Testament Apocrypha</i>, William Schneemelcher, ed. (Cambridge: James Clarke,
1991), p.38.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn8">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Roman%20Church%20at%20the%20Bar%20of%20History%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/A%20ASSUN%C3%87%C3%83O%20DE%20MARIA%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o.docx#_ftnref8" name="_ftn8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Papa Gelásio I, <i>Epistle 42</i>, Migne Series, M.P.L. vol.
59, col. 162.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn9">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Roman%20Church%20at%20the%20Bar%20of%20History%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/A%20ASSUN%C3%87%C3%83O%20DE%20MARIA%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o.docx#_ftnref9" name="_ftn9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Henry Denzinger, <i>The Sources of Catholic Dogma</i> (London:
Herder, 1954), pp. 69-70.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn10">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Roman%20Church%20at%20the%20Bar%20of%20History%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/A%20ASSUN%C3%87%C3%83O%20DE%20MARIA%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o.docx#_ftnref10" name="_ftn10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Henry Denzinger, <i>The Sources of Catholic Dogma</i> (London:
Herder, 1954), pp. 66-69.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> W.A. Jurgens, <i>The Faith of the Early Fathers</i>, vol.I (Collegeville: Liturgical,
1970), p. 404.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> <i>New
Catholic Encyclopedia</i>, vol.VII (Washington D.C.: Catholic University,
1967), p. 434.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Hefele, <i>A
History of the Councils of the Church</i> (Edinburgh: T&T. Clark, 1895),
vol.IV, pp. 43-44.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn11">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Roman%20Church%20at%20the%20Bar%20of%20History%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/A%20ASSUN%C3%87%C3%83O%20DE%20MARIA%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o.docx#_ftnref11" name="_ftn11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Alexander Roberts e James
Donaldson, <i>Tha Ante-Nicene Fathers,</i>
vol.III, Latin Christianity: Its Founder, Tertulian, <i>Against Praxeas</i>, cap. X e XI (Grand Rapids: Eerdmans, 1951), p.
605.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13084987825337135010noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7745136589550561232.post-46630800982455445492015-09-03T14:54:00.004-07:002015-09-03T15:04:19.184-07:00OS PAIS DO PURGATÓRIO [EM CONSTRUÇÃO]<h3 style="margin: 4pt 0cm; text-align: center;">
</h3>
<h3 style="margin: 4pt 0cm;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="font-weight: normal;">Por
Jaques Le Goff</span></span></h3>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Alexandria: os dois “fundadores” gregos do purgatório<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">A
verdadeira história do purgatório começa com um paradoxo, um paradoxo duplo.
Aqueles que têm justamente sido chamados de os “fundadores” da doutrina do
purgatório foram teólogos gregos. Embora suas ideias tivessem impacto sobre o
Cristianismo grego, a Igreja grega nunca desenvolveu a noção de purgatório como
tal. Na verdade, durante a Idade Média, o purgatório foi um dos principais
pontos de discórdia entre cristãos gregos e cristãos latinos. E mais: a teoria
sobre a qual os teólogos gregos basearam sua versão do purgatório era
completamente herética aos olhos da Igreja grega, bem como da Igreja Latina.
Assim, a doutrina do purgatório começa com uma das ironias da história.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;"> Neste livro não tomarei nota das
ideias gregas concernentes ao outro mundo exceto na medida em que elas venham a
conflitar com as ideias latinas do purgatório em 1274, no Segundo Concílio de
Lião, e posteriormente – em 1438 e 1439, além do limite cronológico deste
estudo – no Concílio de Florença. Por causa dessa diferença de visões entre as
duas Igrejas e porque a questão entre os dois mundos – uma divergência cujas
raízes podem ser traçadas até a antiguidade tardia – a história do purgatório é
um assunto do Ocidente latino. Não obstante, é importante, considerando os
primórdios da doutrina, dizer algumas poucas palavras sobre os dois
“inventores” gregos do Purgatório, Clemente de Alexandria († antes de 215) e
Orígenes († 253/254). Clemente e Orígenes foram os dois grandes expoentes da
Teologia em Alexandria durante o período em que esta cidade portuária era, nas
palavras de H.I. Marrou, “o centro da cultura cristã”, e em particular, um
caldeirão no qual Cristianismo e Helenismo se misturavam e se fundiam. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;"> Os fundamentos da doutrina
elaborados por Clemente e Orígenes foram extraídos em parte de certas tradições
filosóficas e religiosas gregas pagãs, em parte de sua própria reflexão
original sobre a Bíblia e sobre a escatologia judaico-cristã.<a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/Os%20pais%20do%20Purgat%C3%B3rio.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> Os
dois teólogos foram devedores da antiga Grécia pela ideia de que o castigo
infligido pelos deuses não é uma punição, mas, em vez disso, um meio de
educação e salvação, parte de um processo de purificação. Na visão de Platão
este castigo é uma bênção oferecida pelos deuses.<a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/Os%20pais%20do%20Purgat%C3%B3rio.docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Clemente e Orígenes deduziram a partir da ideia de que “punir” é sinônimo de
“educar”<a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/Os%20pais%20do%20Purgat%C3%B3rio.docx#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a> e
que qualquer castigo de Deus contribui para a salvação do homem.<a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/Os%20pais%20do%20Purgat%C3%B3rio.docx#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;"> A ideia de Platão foi vulgarizada
pelo Orfismo e transmitida pelo Pitagoreanismo. A noção de que o sofrimento
infernal serve como purificação pode ser encontrada, por exemplo, no sexto
livro de Virgílio, <i>Eneida</i> (vv.
741-42, 745-47):<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 49.55pt 4pt 35.45pt;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">Por isso, nós,
almas, somos treinados com punição<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;"> E pagamos com sofrimento nossos
antigos crimes– <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;"> Alguns são pendurados desamparados
aos ventos;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;"> A mancha do pecado é limpa por
outros de nós<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;"> Na calha de uma grande banheira ou
com fogo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;"> Queimado fora de nós – cada um de
nós sofre<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;"> O Epílogo que merecemos.<a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/Os%20pais%20do%20Purgat%C3%B3rio.docx#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;"> A partir do Antigo Testamento,
Clemente e Orígenes tomaram a noção de que o fogo é um instrumento divino, e do
Novo Testamento a ideia do batismo pelo fogo (dos Evangelhos) e a ideia de um
julgamento purificador após a morte (de Paulo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 4pt 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;"> A
noção do fogo como instrumento divino vem de interpretações de passagens do
Antigo Testamento comumente citadas. A ideia platônica de Cristianismo que eles
possuíam os levou a ter uma visão reconfortante da matéria. Clemente, por
exemplo, argumentou que Deus não poderia ser vingativo: “Deus não se vinga,
pois a vingança é pagar o mal com o mal, e com esta atitude, Deus pune apenas
com vistas ao bem” (<i>Stromata</i> 7.26).
Mantendo esta mesma atitude, estes dois teólogos trazem uma interpretação mais
suave daquelas passagens do Antigo Testamento em que Deus usa explicitamente o
fogo como um instrumento de sua ira. Consideremos Levítico 10.1-2: “Nadabe e
Abiú, filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e
sobre este, incenso, e trouxeram fogo estranho perante a face do SENHOR, o que
lhes não ordenara. Então, saiu fogo de diante do SENHOR e os consumiu; e
morreram perante o SENHOR”. Ou Deuteronômio 32.22: “Porque um fogo se acendeu
no meu furor e arderá até ao mais profundo do inferno, consumirá a terra e suas
messes e abrasará os fundamentos dos montes”. Orígenes, em seu <i>Comentário sobre Levítico</i>, vê essas
passagens como exemplificando a preocupação de Deus em punir o homem para seu
próprio bem. Similarmente, ele interpreta essas passagens em que Deus descreve
a Si mesmo como um fogo não como expressões de um Deus de ira, mas ao invés
disso, como um Deus que, ao consumir e devorar, age como um instrumento de
purificação. Um exemplo disso é a décima-sexta homilia do seu <i>Comentário sobre Jeremias</i>, que lida com
Jeremias 15.14: “Levar-te-ei com os teus inimigos para a terra que não
conheces; porque o fogo se acendeu em minha ira e sobre vós arderá”. Outro é
seu tratado <i>Contra Celso</i> 15.13.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 4pt 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;"> A
ideia de um batismo com fogo está baseada naquilo que João Batista diz em Lucas
3.16: “Eu, na verdade, vos batizo com água, mas vem o que é mais poderoso do
que eu, do qual não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias; ele vos
batizará com o Espírito Santo e com fogo”. Orígenes, na vigésima-quarta homilia
de seu <i>Comentário sobre Lucas</i>, dá a
seguinte explicação: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 4pt 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 4pt 49.55pt 4pt 35.45pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">Assim como João ficou próximo do
Jordão entre aqueles que vinham para ser batizados, aceitando aqueles que
confessavam seus vícios e pecados e rejeitando o resto, chamando-os “raça de
víboras”, semelhantemente, o Senhor Jesus Cristo será um rio de fogo [<i>in ígneo flumine</i>] próximo a uma espada
flamejante [<i>flammea rompea</i>] e
batizará todos aqueles que irão para o paraíso após morrerem, contudo, sem
purificação [<i>purgatione indiget</i>], fazendo-os
entrar no lugar onde querem chegar. Mas aqueles que não carregam a marca do
primeiro batismo não serão batizados no batismo de fogo. Alguém deve primeiro
ser batizado na água e no Espírito, de modo que, quando o rio de fogo o
alcance, as marcas as marcas do batismo da água e do Espírito permaneçam como
sinais de que esse alguém é digno de receber o batismo de fogo em Jesus Cristo.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 4pt 49.55pt 4pt 35.45pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">Finalmente, na
terceira homilia sobre o Salmo 36, que contrasta o destino do homem mau, que
sofre a ira de Deus, com o do homem justo, o beneficiário da proteção de Deus,
Orígenes traz a seguinte explicação sobre a passagem da Primeira Epístola de
Paulo aos Coríntios, na qual este apóstolo descreve a purificação final pelo
fogo:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 4pt 49.55pt 4pt 35.45pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">Eu penso que todos nós devemos
chegar a este fogo. Quem quer que sejamos, seja Pedro ou Paulo, passaremos por
este fogo... como diante do Mar Vermelho, se formos egípcios devemos ser
engolidos por este rio ou lado de fogo, pelos pecados que se acham em nós... ou
também deveremos entrar no rio de fogo, mas, assim como as águas formaram um
muro a esquerda e a direita dos judeus, assim deverá o muro formar um muro para
nós... e deveremos seguir a coluna de fogo e a coluna de fumaça.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 4pt 49.55pt 4pt 35.45pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">Clemente
de Alexadria foi o primeiro a distinguir duas categorias de pecadores e duas
categorias de punição nesta vida e na por vir. Nesta vida, para pecadores
sujeitos a correção, a punição é educacional (<i>didaskalikos</i>), enquanto para os incorrigíveis é “punitiva” (<i>kolastikos</i>).<a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/Os%20pais%20do%20Purgat%C3%B3rio.docx#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a> Na
outra vida, haverá dois fogos, um “devorador e consumidor” para os incorrigíveis,
e para o restante, um fogo que “santifica” e “não consome, como o fogo da
forja”, um fogo “prudente”, “inteligente” (<i>phonimon</i>)
“que penetra a alma que passa por ele”.<a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/Os%20pais%20do%20Purgat%C3%B3rio.docx#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">As
concepções de Orígenes foram mais detalhadas e amplas que as de Clemente. Como
temos visto, Orígenes pensava que todos os homens, mesmo os justos, deveriam
ser julgados pelo fogo, pois ninguém é absolutamente puro. Toda alma é tentada
pelo mero fato de estar unida a sua carne. Na oitava homilia do <i>Comentário sobre Levítico</i>, Orígenes
invoca a passagem do livro de Jó 14.4: “Quem da imundícia poderá tirar coisa
pura? Ninguém!”. Para o justo, todavia, o julgamento pelo fogo é um tipo de
batismo com o qual, pela fusão do chumbo que pesa sobre a alma, a transforma em
ouro puro.<a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/Os%20pais%20do%20Purgat%C3%B3rio.docx#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">Orígenes
e Clemente concordam que há dois tipos de pecadores, ou melhor, que há os
justos, cuja única mácula é aquela inerente a natureza humana (<i>rupos</i>, posteriormente traduzida para o
Latim como <i>sordes</i>), e os pecadores
propriamente ditos, que carregam o fardo extra dos pecados que, em teoria, são
mortais (<i>pros thanaton amartia, </i>ou <i>peccata </i>em Latim). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">A
noção peculiar que fez de Orígenes um herege foi essa: que não há pecador tão
mau, tão inveterado e tão essencialmente incorrigível que não possa ser ultimamente
e completamente purificado e permitido entrar no Paraíso. Mesmo um inferno é
uma habitação temporária. G. Anrich colocou isso muito bem: “Orígenes pensa no
inferno como um tipo de purgatório”. Orígenes desenvolve até a plenitude a
teoria da purificação, <i>carthasis</i>, que
veio a ele de Platão, dos orfeões e dos pitagóricos. A ideia grega pagã de
metempsicose era muito anti-cristã para que Orígenes a aceitasse, sendo assim,
ele a substituiu por uma teoria que ele pensava ser compatível com o
Cristianismo, ou seja, que as almas constantemente melhorassem após a morte e,
sem importar quão pecadoras tenham sido em princípio, finalmente fariam
suficiente progresso sendo permitido voltarem à eterna contemplação de Deus,
que Orígenes chamou de <i>apokatastasis</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">Agora,
as almas de cada tipo – aquelas que meramente se mancharam pela carne e aquelas
que verdadeiramente se macularam pelo pecado – correspondem a um tipo diferente
de fogo purificador. Aqueles que foram manchados pela carne simplesmente “passariam
através” do “espírito de julgamento”, que duraria apenas um instante. Aqueles
que foram maculados pelo pecado, por outro lado, permaneceriam por um período
mais ou menos extenso no “espírito de combustão”. Embora horrivelmente
dolorosa, essa punição não é incompatível com o otimismo de Orígenes: a mais
drástica punição, a mais certa salvação. No pensamento de Orígenes há um
sentimento de valor redentor do sofrimento que nós não encontramos até o fim da
Idade Média, no século XV.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">Para
Clemente, o fogo “inteligente” que penetra a alma do pecador não é algo material
(como A. Michel observou), mas também não é uma mera metáfora: era um fogo “espiritual”
(<i>stromata</i> 7.6 e 5.14). Alguns
comentaristas tem tentado fazer uma distinção entre os dois tipos de fogo
descritos por Orígenes ao longo das linhas seguintes: o fogo pelo qual as almas
meramente manchadas pela associação com a carne devem passar é um fogo real,
como dissemos, enquanto que o “fogo da combustão” que as almas pecadoras devem
realmente suportar é apenas uma labareda “metafórica”, desde que essas almas
perversas, que serão salvas em última instância, não são consumidas por elas.
Mas esta interpretação, penso eu, não é apoiada pelos textos invocados para
justificá-la (<i>De principiis</i> 2.10, <i>Contra Celso</i> 4.13 e 6.71, etc). Em ambos
os casos, o que está envolvido é um fogo purificador, que, embora imaterial, não
é meramente uma metáfora: é real, porém espiritual, sutil. Quando essa
purificação pelo fogo acontece? Sobre este ponto Orígenes é bem claro: após a
ressurreição, no momento do julgamento final.<a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/Os%20pais%20do%20Purgat%C3%B3rio.docx#_ftn9" name="_ftnref9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Certamente, o que temos aqui não é nada senão o fogo associado ao fim do mundo
nas crenças milenares conhecidas por nós a partir de fontes indo-europeias,
iranianas e egípcias subsumidas pelos estoicos sob o título de <i>ekpurosis</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">Na literatura
judaica apocalíptica, o mais importante texto a respeito do fogo associado ao
fim do mundo é encontrado na visão relatada no Livro de Daniel 7.9-11: “... o
seu trono eram chamas de fogo, e suas rodas eram fogo ardente. Um rio de fogo
manava e saía de diante dele... e estive olhando e vi que o animal foi morto, e
o seu corpo desfeito e entregue para ser queimado”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">Mas as noções
escatológicas de Orígenes eram altamente pessoais e não baseadas diretamente
sobre este tipo de texto. Ele cria que as almas dos justos passariam pelo fogo
em um instante e alcançariam o Paraíso no oitavo dia após o julgamento. As
almas dos ímpios, por outro lado, continuariam a queimar após o dia do
julgamento pelos “séculos dos séculos”. Mas isso não quer dizer a eternidade
desde que, mais cedo ou mais tarde, todas as almas irão ao Paraíso. Seria
apenas um longo tempo (<i>In Lucam</i>,
Homily 24). Em outro lugar, Orígenes é ainda mais específico: usando uma
aritmética, ele calcula que, assim como o mundo real teve a duração de uma
semana antes do oitavo dia, assim também as almas dos pecadores sofrerão
purificação no “fogo de combustão” por uma ou duas semanas, isto é, um longo
tempo, no fim do qual, com o início da terceira semana, eles serão purificados
(sétima homilia no <i>Commentary on
Leviticus</i>). Deve ser notado que esse cálculo é meramente simbólico,
enquanto que nos cálculos do século XIII a respeito do Purgatório, envolveu-se
quantidades reais de tempo. Mas já vimos um sistema de contabilidade
purgatorial tomando forma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">No quis diz
respeito ao destino das almas entre o momento da morte e o tempo do julgamento
final, Orígenes é bem vago. Ele assegura aos seus leitores que os justos vão ao
Paraíso após a morte, mas esse Paraíso, diz ele, é diferente do céu, no qual as
almas chegam apenas após o julgamento final e a prova pelo fogo, uma prova que
pode durar muito ou pouco tempo.<a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/Os%20pais%20do%20Purgat%C3%B3rio.docx#_ftn10" name="_ftnref10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Esse paraíso preliminar assemelha-se ao seio de Abraão, embora até onde eu saiba,
Orígenes nunca o menciona por este nome. Nem fala Orígenes sobre o destino do
pecador no período entre a morte e o julgamento final. A razão é que, como
muitos de seus contemporâneos – na verdade, mais do que a maioria – Orígenes
cria que o fim do mundo estava perto: “A consumação do mundo pelo fogo é iminente...
o mundo e todos os seus elementos serão consumidos pelo calor do fogo até o fim
deste século” (Sexta Homilia do <i>Commentary
on Genesis</i>, <i>PG</i> 12.191). E mais:
“Cristo veio nos últimos dias, quando o fim do mundo já estava próximo” (<i>De principiis</i> 3.5-6). O período entre a
morte e o julgamento final é tão breve que não é digno de ser refletido. O
teste pelo fogo “aguarda-nos no fim da vida” (<i>In Lucam</i>, Homilia 24).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">Assim, se Orígenes
vislumbrou o purgatório futuro, mesmo essa ideia de purgatório foi ofuscada
pela escatologia e sua compreensão do inferno como uma habitação temporária
que, em última análise, desaparece da vista. Ainda assim, foi Orígenes que claramente
declarou pela primeira vez que a alma pode ser purificada no outro mundo após a
morte. Pela primeira vez foi feita distinção entre pecados mortais e pecados
menores. Nós podemos até mesmo ver três categorias começando a tomar forma: os
justos que passam diretamente pelo fogo do julgamento e vão diretamente ao céu;
aqueles culpados de “pecados menores”, cuja permanência no “fogo da combustão”
é breve; e os “pecadores mortais”, que permanecem nas chamas por um extenso
período. Orígenes, na realidade, desenvolve a metáfora introduzida por Paulo em
1 Coríntios 3.10-15. Ele divide as substâncias mencionadas por Paulo em duas
categorias. Ouro, prata e joias preciosas são associados aos justos; madeira,
feno e palha indicam pecadores menores. E Orígenes adiciona uma terceira
categoria: ferro, chumbo e bronze são associados àqueles que são culpados dos
piores pecados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">Também
encontramos nas obras de Clemente e Orígenes uma rudimentar “aritmética da
purgação”, que se esforça pra enfatizar aquilo que vê como uma ligação estreita
entre a penitência e o destino da alma no além. Para Clemente de Alexandria, os
pecadores corrigíveis são aqueles que se arrependem no momento da morte e se
reconciliam com Deus, mas que não tem tempo para fazer penitencia. E Orígenes,
por fim, vê a <i>apokatastasis</i> como um
processo de purificação gradual pela penitência.<a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/Os%20pais%20do%20Purgat%C3%B3rio.docx#_ftn11" name="_ftnref11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">Na
visão do outro mundo, entretanto, um número de ingredientes do verdadeiro
purgatório estão em falta. Nenhuma distinção clara é feita entre o tempo no
purgatório e o do julgamento final. Essa confusão é tão perturbadora que
Orígenes é forçado tanto a ampliar o fim do mundo quanto a colapsá-lo num
momento único, enquanto que ao mesmo tempo elabora sua iminente expectativa. O
purgatório não é verdadeiramente distinguido do Inferno, e não há consciência
clara de que o purgatório seja uma habitação temporal e provisória. A
responsabilidade pela purificação pós-morte é compartilhada pelo morto, com seu
peso de pecado, e por Deus, o juiz benevolente da salvação; os vivos não desempenham
qualquer papel. Finalmente, nenhum lugar é designado como o lugar do purgatório.
Tornando o fogo purificador não apenas “espiritual”, mas também “invisível”,
Orígenes impediu que a imaginação do fiel ganhasse uma compra nele. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">Extraído do livro
<i>The Birth of Purgatoryi</i> de Jacques Le
Goff, pp. 52-57<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="font-weight: normal;">Tradução Livre:
Fabiano Raposo</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/Os%20pais%20do%20Purgat%C3%B3rio.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-weight: normal;">Sobre Clemente de Alexandria
em relação ao início do Purgatório, a obra essencial ainda é a de G. Anrich,
“Clements und Origenes als Begründer der Lehre vom Fegfeuer”, em <i>Theologische Abhandlungen, Festgabe fur H.
H. Holtzmann</i> (Tübingen-Leipzig, 1902), pp. 95-120. Um bom tratamento a
partir de um ponto-de-vista católico pode ser encontrado em A. Michel, “Origène
et le dogme du Purgatoire”, em <i>Questions
Ecclésiastiques </i>(Lille, 1913), sumarizado pelo autor em seu artigo
“Purgatoire” no <i>Dictionnaire de Théologie
Catholique</i>, cols. 1192-96. Breves, porém judiciosas, observações sobre a
pré-história do purgatório são feitas por A. Piolanti, “Il Dogma del
Purgatorio”, em <i>Le Baptême de feu</i>,
pp. 3-4; e para um exegese da Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios, veja J.
Gnilka, <i>Ist 1 Kor. 3,10-15 ein
Schriftzeugnis fur das Fegfeuer?</i>, especialmente p.115.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-weight: normal;"><a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/Os%20pais%20do%20Purgat%C3%B3rio.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Os principais textos citados por
Anrich, “Clement und Origenes”, p.99 n.7 e p. 100 n. 1, são os seguintes: <i>Gorgias </i>34.478 e 81.525; <i>Phaedo</i> 62.113d; <i>Protagoras</i> 13.324b; e <i>Laws</i>
5.728c.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-weight: normal;"><a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/Os%20pais%20do%20Purgat%C3%B3rio.docx#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Clemente de Alexandria, <i>Stromata</i> 5.14 e 7.12.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-weight: normal;"><a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/Os%20pais%20do%20Purgat%C3%B3rio.docx#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Orígenes, <i>De principiis</i> 2.10.6 e <i>De
oratione</i> 29.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-weight: normal;"><a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/Os%20pais%20do%20Purgat%C3%B3rio.docx#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Aliis
sub gurgit vasto<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-weight: normal;"> Infectum eluitur scelus, aut
exuritur igni<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-weight: normal;"> ...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-weight: normal;"> Donec longa dies perfecto
temporis orbe<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-weight: normal;"> Concretam exemit labem, purumque
relingquit<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-weight: normal;"> Aetherium sensum...<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn6">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-weight: normal;"><a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/Os%20pais%20do%20Purgat%C3%B3rio.docx#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Clemente de Alexandria, <i>Stromata</i> 4.24.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="ftn7">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-weight: normal;"><a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/Os%20pais%20do%20Purgat%C3%B3rio.docx#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Ibid 8.6<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="ftn8">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-weight: normal;"><a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/Os%20pais%20do%20Purgat%C3%B3rio.docx#_ftnref8" name="_ftn8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Orígenes, <i>In Exodum, </i>homilia 6, em J.P. Migne, <i>Patrologiae cursus completus, series graeca</i>, 162 vols. (Paris,
1857-66; citado daqui por diante como <i>PG</i>),
13.334-35; <i>In Leviticum</i>, homilia 9, <i>PG</i>, 12.519.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="ftn9">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-weight: normal;"><a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/Os%20pais%20do%20Purgat%C3%B3rio.docx#_ftnref9" name="_ftn9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Por exemplo, <i>In Jeremiam</i>, homilia 2; <i>In
Leviticum</i>, homilia 8; <i>In Exodum</i>,
homilia 6; <i>In Lucam, </i>homilia 14; etc.<i> </i><o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="ftn10">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-weight: normal;"><a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/Os%20pais%20do%20Purgat%C3%B3rio.docx#_ftnref10" name="_ftn10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a> <i><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";">De
principiis </span></i><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";">2.11
n.6; <i>In Ezechielem</i>, homilia 13 n.2; <i>In Numeros</i>, homilia 26</span><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn11">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-weight: normal;"><a href="file:///C:/Users/Ranur/Desktop/Os%20pais%20do%20Purgat%C3%B3rio.docx#_ftnref11" name="_ftn11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span style="font-family: "Book Antiqua","serif";">Cf. K. Rahner, “La doctrine
d’Origène sur la pénitence”, <i>Recherches
de Science religieuse </i>37 (1950).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13084987825337135010noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7745136589550561232.post-59913857394632204532015-08-28T13:03:00.003-07:002015-08-30T11:10:21.344-07:00 A DOUTRINA DA INFALIBILIDADE PAPAL (ORIGENS)<h3 style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: Book Antiqua, serif;">Por Keith Mathison</span></h3>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: Book Antiqua, serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;">Um
desenvolvimento teológico de profunda importância para nosso estudo da Idade
Média tardia é a introdução e o desenvolvimento da doutrina da infalibilidade
papal.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
As origens da doutrina da infalibilidade papal nos anos próximos a 1300 são uma
história fascinante, mas o escopo desta obra focará nos pontos principais. Pelo
fato de alguns traçarem as origens da doutrina da infalibilidade papal aos
canonistas, estes serão o ponto inicial.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>
No século entre 1150 e 1250, um estudo dos escritos dos canonistas e teólogos
revela que “eles não conheciam qualquer magistério conferido a Pedro com o
poder das chaves; que eles criam que em questões de fé um concílio ecumênico
era maior que o papa; que eles não sustentavam que pronunciamentos papais eram irreformáveis
<i>ex sese</i> [em si mesmas]<i>”</i>.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Como Tierney aponta, “acima de tudo, os canonistas não ensinavam que o papa era
infalível”.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Ao contrário, a posição que era geralmente sustentada contrastava a fé indefectível
da Igreja com a falibilidade dos papas individuais. Os teólogos, que escreveram
bem menos sobre o assunto, também compartilhavam desse ponto de vista geral.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;">Em
1254 uma disputa surgiu entre os frades mendicantes e os mestres seculares na
Universidade de Paris.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Tanto dominicanos quanto franciscanos estavam envolvidos, mas são os
franciscanos que requerem nossa atenção. A ordem deles havia recebido
privilégios desde 1230, e sua dependência desses privilégios provaria ser
problemática. O problema proveio de sua afirmação de que sua doutrina da
“pobreza apostólica” não era simplesmente uma boa forma de viver ou a melhor
forma de viver, mas que era um aspecto essencial da forma perfeita da vida de
Cristo transmitida aos apóstolos.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Muitos deles alegavam que São Francisco havia sido o primeiro cristão a
compreender corretamente o evangelho desde os tempos dos apóstolos e que os
franciscanos eram os únicos membros da Igreja que verdadeiramente levavam vidas
cristãs.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a>
É claro que essas alegações eram altamente controversas e levantaram não pouca
oposição. Boaventura, o cabeça da ordem franciscana, respondeu aos argumentos
contra a ordem desenvolvendo uma teoria da pobreza que ele mesmo intitulou “condescendência”.
Sem entrar em todos os detalhes, é suficiente dizer que em 1279, na bula <i>Exiit qui seminat</i>, o Papa Nicolau III
deu sanção papal à doutrina de Boaventura e afirmou que “a forma franciscana de
vida realmente corresponde à forma da perfeição que Cristo ensinou aos
apóstolos”.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;">O
primeiro grande cristão medieval a afirmar a doutrina da infalibilidade papal
foi Pedro de João Olivi, um franciscano altamente influente nas décadas que se
seguiram à morte de Boaventura. Ele viveu e escreveu num período de tempo em
que os franciscanos estavam divididos em dois grandes campos: a maior e menos
rigorosa “Comunidade” e os rigorosos “espirituais”. O próprio Olivi foi um proeminente
porta-voz dos espirituais.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftn9" name="_ftnref9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a>
A razão pela qual Olivi, ao contrário de Boaventura, desenvolveu a doutrina da
infalibilidade papal, diferente de seu antecessor, foi seu medo constante da
possibilidade de que um futuro pseudo-papa buscasse derrubar a fé verdadeira
(i.e., a forma de vida franciscana). Na mente de Olivi, era necessário que os
decretos dos papas (tais como Nicolau III) “fossem considerados como não apenas
autoritativos para o presente, mas imutáveis, irreformáveis por todos os
tempos”.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftn10" name="_ftnref10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Isso, no entanto, era impossível dentro do quadro da doutrina da soberania
papal dos canonistas. Eles entendiam que uma doutrina de infalibilidade limitaria
a soberania de um papa individual. Olivi sabia muito disso. Sua “nova teoria da
infalibilidade papal foi designada para limitar o poder dos papas futuros, não
para libertá-los de qualquer restrição”.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftn11" name="_ftnref11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;">A
nova doutrina de Olivi foi ignorada por quarenta anos, mas em 1322 o Papa João
XXII revogou as provisões pró-franciscanas da <i>Exiit</i> e emitiu uma nova declaração sobre a doutrina da pobreza de
Cristo.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftn12" name="_ftnref12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Os franciscanos ficaram consternados e reagiram emitindo duas cartas encíclicas
defendendo sua doutrina. O Papa João respondeu no fim de 1322 na bula<i> Ad conditorem</i>. Para João, “a ideia de
que quaisquer decisões devessem ser incorrigíveis apresentava-se...
simplesmente com uma ameaça a sua própria autoridade soberana”.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftn13" name="_ftnref13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Essa bula provocou uma resposta apaixonada da parte dos franciscanos que apelaram
contra ela ao próprio papa. Em novembro de 1323, o Papa João XXII emitiu seu julgamento
final sobre a questão da pobreza de Cristo na bula <i>Cum inter nonnulos</i>. A bula refere-se à visão de que “Jesus Cristo e
seus apóstolos não tiveram nada isoladamente ou em comum” como errônea e
herética.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftn14" name="_ftnref14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Pelo fato dessa bula explicitamente contradizer a antiga bula <i>Exiit</i>, os franciscanos começaram a
asseverar a incorrigibilidade da primeira ao ponto de condenarem a visão de
João como herética. Como Tierney nota, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 49.55pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;">A primeira
condenação evidente de uma bula papal veio de... um grupo de dissidentes
franciscanos que encontraram refúgio na corte do imperador excomungado Luís IV
da Baviera. O protesto deles, incluído como um tipo de digressão no Apelo de
Sachenhausen do Imperador em 24 de maio de 1324, não apenas defendia a doutrina
da pobreza evangélica e denunciava João XXII como um herege por atacar a
doutrina, mas também apresentava uma nova formulação da teoria da
infalibilidade papal. Nesta obra, pela primeira vez, o antigo ensinamento de
que uma das chaves que tinha sido entregue a Padro era a “chave do conhecimento”
foi usado para apoiar a doutrina de que o papa era infalível quando usava essa
chave para definir verdades sobre a fé e a moral. Foi um grande avanço
teológico.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftn15" name="_ftnref15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 49.55pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;">O
Apelo de Sachenhausen trouxe a discussão para o domínio do pensamento católico
pela primeira vez. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;">Em
novembro de 1324, João XXII respondeu na bula <i>Quia quorundam</i> que o “Pai da mentira” tem levado seus [do Papa] inimigos a defender a tese errônea de que “o que Pontífice Romano uma vez defina em questões
de fé e moral com a chave do conhecimento seja tão imutável que não permita que
um sucessor a revogue”.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftn16" name="_ftnref16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[16]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 49.55pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;">Os intercâmbios de
1324 são de interesse fascinante para um historiador da doutrina da
infalibilidade papal. Aqui, pela primeira vez, uma doutrina da infalibilidade
papal baseada sobre o poder petrino das chaves foi manifestamente proposta. Mas
a doutrina teve por pai antipapas rebeldes e não teólogos da Cúria. E, longe de
abraçar a doutrina, o Papa indignadamente a denunciou como uma invenção
perniciosa.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftn17" name="_ftnref17" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[17]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 49.55pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;">O
mais impressionante sobre a doutrina da infalibilidade papal é que ela “foi
inventada quase que fortuitamente por causa de uma concentração histórica de
circunstâncias não usuais que fizeram surgir uma doutrina útil para um grupo
particular de contendedores”.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftn18" name="_ftnref18" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[18]</span></span><!--[endif]--></span></a>
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 49.55pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;">Não há evidência
convincente de que a infalibilidade papal tenha constituído qualquer parte da
tradição teológica ou canônica da Igreja antes do século XIII; a doutrina foi
criada em primeiro lugar por uns poucos dissidentes franciscanos porque lhes
era adequado e conveniente inventá-la; eventualmente, mas não somente após
muita relutância, foi aceita pelo papado porque ela se adequava a conveniência
dos papas em aceitá-la.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftn19" name="_ftnref19" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[19]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 49.55pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 12.0pt;">A
doutrina católica da infalibilidade papal não foi declarada como dogma oficial
católico até o primeiro Concílio do Vaticano em 1870, mas sua origem pode ser
traçada a essa obscura batalha do século XIII entre franciscanos radicais e o
papado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><br />Extraído do livro <i>The Shape of Sola Scriptura </i>de Keith A. Mathison, pp. 58-61</o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p>Tradução Livre: Fabiano Raposo</o:p></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Para um excelente estudo histórico
desta questão, veja Brian Tierney, <i>Origins
of Papal Infallibity: 1150-1350</i>, (Leiden: E.J. Brill, 1988).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Canonistas ou advogados canônicos
eram aqueles que estudavam e sistematizavam as leis canônicas – regras da
igreja estabelecidas para propósitos práticos de ordem e disciplina. Muito
frequentemente os cânons de ordem e disciplina eram estabelecidos em concílios
(tais como Nicéia em 325 d.C.). Mas a coleção e padronização da lei canônica
alcançou seu ponto máximo na obra de Graciano, cujo <i>decretum</i> foi o livro-texto padrão por toda a Idade Média tardia.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Tierney, op. cit., 57.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Ibid.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Um “mendicante” é alguém que
depende de esmolas para viver<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn6">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Cf. Latourette, op. cit.,
I:429-436.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn7">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Tierney, op. cit., 67-72.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn8">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftnref8" name="_ftn8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Ibid., 59-70.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn9">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftnref9" name="_ftn9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Ibid., 93-101.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn10">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftnref10" name="_ftn10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; mso-bidi-font-family: Aparajita;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; mso-bidi-font-family: Aparajita;">
Ibid., 125.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn11">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftnref11" name="_ftn11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Ibid., 130.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn12">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftnref12" name="_ftn12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> La Due, op. cit., 146-147.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn13">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftnref13" name="_ftn13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Tierney, op. cit., 178-179.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn14">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftnref14" name="_ftn14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Citado em Tierney, op.cit., 178-179.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn15">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftnref15" name="_ftn15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Ibid., 182.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn16">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftnref16" name="_ftn16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[16]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Citado em Tierney, op. cit., 186.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn17">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftnref17" name="_ftn17" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[17]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Ibid., 187-188.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn18">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftnref18" name="_ftn18" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[18]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Ibid., 274.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn19">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7745136589550561232#_ftnref19" name="_ftn19" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[19]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> Ibid., 281.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13084987825337135010noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7745136589550561232.post-71413501147783864052015-08-25T12:17:00.002-07:002015-08-28T13:13:05.641-07:00PROBLEMAS COM A NOÇÃO SIMPLISTA DE SUCESSÃO APOSTÓLICA<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: center;">
<h3>
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-weight: normal;">Por Francis A. Sullivan</span></h3>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif";"> </span><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif;">O primeiro problema tem
a ver com a noção de que Cristo ordenou os apóstolos como bispos. Por um lado,
não há dúvida verdadeira de que o mandato que Cristo deu aos apóstolos incluía
o triplo ofício de ensino, governo e santificação, que são descritos pelo
Vaticano II como conferidos pela consagração episcopal (</span><i style="font-family: 'Book Antiqua', serif;">LG</i><span class="apple-converted-space" style="font-family: 'Book Antiqua', serif;"> </span><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif;">21). Todavia, a exatidão em descrever
os próprios apóstolos como “bispos” é outra questão. Um bispo é um pastor
residencial que preside de forma estável sobre a igreja de uma determinada
cidade e seus arredores. Os apóstolos eram missionários e fundadores de
igrejas; não há evidência, e nem é de todo provável, que quaisquer deles tenham
tido residência permanente em alguma igreja em particular como bispo.</span><br />
<u1:p></u1:p>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif;">
Uma segunda questão também surge: Os apóstolos ordenaram um bispo para cada uma
das igrejas fundadas por eles? O Novo Testamento contém boas evidências de que
as igrejas fundadas por São Paulo possuíam líderes locais, a quem os apóstolos
instavam a comunidade a ser submissa. Na saudação de sua carta aos Filipenses
Paulo faz especial menção aos<span class="apple-converted-space"> </span><i>episkopoi</i><span class="apple-converted-space"> </span>e<span class="apple-converted-space"> </span><i>diaconoi</i>:
termos que literalmente significam “supervisores” e “servos”, mas que no uso
cristão vieram a significar “bispos” e “diáconos”. Durante o final de sua
jornada em Jerusalém, Paulo fez um discurso de despedida para os líderes da
igreja de Éfeso, aos quais Lucas chamou de “presbíteros”, mas que foram
descritos por Paulo como tendo sido constituídos como<span class="apple-converted-space"> </span><i>episkopoi</i><span class="apple-converted-space"> </span>pelo Espírito Santo (Atos 20.17-35).
Assim, há boas evidências de que durante o período do Novo Testamento, as
igrejas cristãs possuíam líderes locais, alguns dos quais, pelo menos, eram
chamados de “bispos”.<o:p></o:p></span></div>
<u1:p></u1:p>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif;">
No entanto, não fica claro se esses “bispos” de quem Paulo fala foram realmente
escolhidos ou ordenados por ele. Em segundo lugar, não há evidência de que São
Paulo, ou qualquer outro dos apóstolos, tenha apontado um desses líderes locais
como pastor chefe de toda a igreja de uma cidade em particular. Ao invés disso,
a evidência sugere que próximo ao fim do período do Novo Testamento a liderança
e outros ministérios eram providos em cada igreja por um grupo de “presbíteros”
ou “supervisores”, sem que houvesse uma só pessoa no cargo, exceto quando o
apóstolo ou um de seus cooperadores estivesse presente. O Novo Testamento não
oferece apoio para a teoria da sucessão apostólica que supõe que os apóstolos
designaram ou ordenaram um bispo para cada uma das igrejas que eles fundaram.<o:p></o:p></span></div>
<u1:p></u1:p>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif;">
Também não encontramos suporte para tal teoria nos mais antigos escritos
cristãos que nos vem do período pós-neotestamentário. De acordo com a<span class="apple-converted-space"> </span><i>Didaquê</i>, uma comunidade que
estivesse carente da liderança de um profeta deveria escolher homens dignos e
designá-los como bispos e diáconos. Não há sugestão de que eles derivassem sua
autoridade, de alguma maneira, de um apóstolo fundador. A carta dos romanos aos
coríntios, conhecida como<span class="apple-converted-space"> </span><i>I
Clemente</i>, que data de cerca do ano 96, provê boa evidência de que cerca de
trinta anos após a morte de Paulo, a igreja de Corinto era conduzida por um
grupo de presbíteros, sem indicação da presença de um bispo com autoridade
sobre toda a igreja. Contudo,<span class="apple-converted-space"> </span><i>I
Clement</i><span class="apple-converted-space"> </span>afirma que os
apóstolos fundadores tinha designado a primeira geração de líderes da igreja
local e estabeleceram a regra de que quando esses homens morressem, outros
deveriam ser designados para sucedê-los. Essa carta, então, atesta o princípio
da Sucessão Apostólica no ministério, mas não dá suporte a ideia de que os
apóstolos designaram um bispo para cada igreja que eles fundaram. Para<span class="apple-converted-space"> </span><i>I Clemente</i>, o princípio da
Sucessão Apostólica era concretizado no colégio dos presbíteros devidamente
escolhidos. Muitos acadêmicos são de opinião de que a igreja de Roma também
era, nessa época, conduzida por um grupo de presbíteros. Um documento romano do
século II conhecido como<span class="apple-converted-space"> </span><i>O
Pastor de Hermas</i><span class="apple-converted-space"> </span>apoia esta
opinião.<o:p></o:p></span></div>
<u1:p></u1:p>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif;">
As cartas de Inácio de Antioquia, comumente datadas de cerca do ano 115, são os
primeiros documentos que testemunham a presença de um bispo que é claramente
distinto do presbiterato e é pastor de toda igreja de uma cidade. Todavia, esse
testemunho é certo apenas para a igreja de Antioquia e para as várias igrejas
da Ásia Menor ocidental, nas proximidades de Éfeso. Uma carta que Policarpo,
bispo de Esmirna, escreveu aos filipenses, poucos anos após, indica que a
igreja de Filipos, na época, ainda estava sendo governada por um grupo de
presbíteros. Mais importante, nada nas cartas de Inácio sugere que ele via sua
autoridade episcopal como derivada do mandato de Cristo dado aos apóstolos.
Enquanto o papel e autoridade do bispo cumpra um maior tema em suas cartas, ele
nunca invocou o principio da Sucessão Apostólica para explica-lo ou
justificá-lo.<o:p></o:p></span></div>
<u1:p></u1:p>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif;">
Existe um amplo consenso entre os estudiosos, incluindo muitos católicos, que
igrejas tais como Alexandria, Filipos, Corinto e Roma muito provavelmente foram
conduzidas por breve tempo por um colégio de presbíteros, e que somente durante
o curso do século II a tripla estrutura tornou-se a regra geral, com um bispo,
assistido pelos presbíteros, presidindo sobre cada igreja local.<o:p></o:p></span></div>
<u1:p></u1:p>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif;">Extraído do livro<span class="apple-converted-space"> </span><i>From Apostles to Bishos</i><span class="apple-converted-space"> </span>do teólogo católico Francis A.
Sullivan, S.J. pp. 14-16.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif;">Tradução livre: Fabiano
Raposo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13084987825337135010noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7745136589550561232.post-86873714940539223022015-08-18T13:49:00.001-07:002015-08-18T13:53:10.956-07:00Sola Scriptura na Igreja Antiga<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
Por Keith Mathison<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A
fim de compreender a natureza do atual debate sobre a autoridade de Escritura,
é necessário tomar conhecimento de algumas perspectivas históricas. Boa parte
da confusão presente nesta discussão se deve a falha dos cristãos em honestamente
examinar o ensinamento histórico daqueles crentes que lhes tem precedido na fé.
Mais frequente do que nunca, registros históricos são usados com o único
propósito de extrair textos-prova que apoiem um ponto de vista atualmente
arraigado. O resultado é uma leitura anacrônica de ideias e teorias modernas
nos escritos dos Pais da Igreja. Essa prática pode ser observada tanto em
apologistas católicos romanos quanto em apologistas protestantes, e um esforço
diligente dever ser feito para evitá-la. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> Muito do problema envolvido no
debate histórico sobre a autoridade da Escritura diz respeito à ambiguidade que
rodeia o significado da palavra “tradição”. No uso atual, o termo geralmente
denota doutrinas não escritas transmitidas oralmente na igreja. É, portanto,
diversas vezes contrastada com as Escrituras. Contudo, um notável consenso
acadêmico mostra que na igreja primitiva, Escritura e Tradição, de forma
alguma, eram conceitos mutualmente exclusivos, pois coincidiam um com o outro
completamente.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> O que isso quer dizer é que através
da História da Igreja, incluindo a Reforma Protestante, o que encontramos
muitas vezes não pode ser caracterizado acuradamente em termos de Escritura vs.
Tradição. Em vez disso, o que encontramos são conceitos que competem pelo relacionamento
entre Escritura e Tradição.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Isso ficará claro com o estudo que se segue.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">OS PAIS APOSTÓLICOS<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O
termo “Pais Apostólicos” é normalmente usado em referência aos antigos autores
cristãos cujos escritos não foram incluídos no cânon do Novo Testamento. Pelo
fato de terem sido escritos no século imediatamente seguinte a morte de Cristo
(c. 70-135 d.C.), eles são considerados como fontes primárias extremamente
valiosas. Estes documentos oferecem <i>insights</i>
inestimáveis para a vida e pensamento da igreja neste crucial período de
transição.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Foi durante essa época que Roma saqueou Jerusalém, deixando a igreja a lutar
com a questão de sua identidade frente-a-frente com o Judaísmo. Também foi
durante esse período que o rápido crescimento e expansão geográfica da igreja forçou-a a confrontar questões prementes de
administração e governo. E foi durante este período de tempo que o último
apóstolo morreu, forçando a igreja a lidar com a questão da autoridade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> Nos pais apostólicos, alguém
procurará em vão descobrir um esboço formal da doutrina das Escrituras tal como
pode ser encontrado nos modernos livros-texto de teologia sistemática. A doutrina
das Escrituras não se tornou um <i>locus</i>
independente da teologia até o décimo-sexto século. O que podemos encontrar nos
escritos dos pais apostólicos é um contínuo e consistente apelo ao Antigo
Testamento e ao ensino dos apóstolos. Durante essas primeiras décadas seguidas
a Cristo, contudo, não temos evidência demonstrando que a igreja considerava o
ensino dos apóstolos confinado a documentos escritos.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Essa primeira geração da igreja viu muitos leigos e presbíteros (e.g., Policarpo)
que foram pessoalmente próximos de um ou mais apóstolos e que ouviram suas
pregações. Não temos razão para assumir que a doutrina apostólica não tenha
sido fielmente ensinada nestas igrejas que não tiveram acesso a todos os
escritos apostólicos. Cópias dos escritos dos apóstolos estavam em circulação
entre as igrejas e foram citadas pelos pais apostólicos, mas nem todas as
igrejas locais possuíam uma coleção completa de todos os vinte e sete livros
posteriormente conhecidos como o Novo Testamento. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> Como já foi dito, temos um amplo
consenso acadêmico de que Escritura e Tradição não eram conceitos mutualmente
exclusivos na mente dos antigos pais. O conceito de “tradição”, quando usado
por estes antigos líderes, se dá simplesmente para designar o corpo de doutrina
que foi dado à Igreja pelo Senhor e seus Apóstolos, fosse através de
comunicação verbal ou escrita.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a> O
corpo de doutrina, contudo, foi essencialmente idêntico, independemente de como
foi comunicado. Nenhuma evidência sugere que os Pais Apostólicos acreditavam
ter acesso a qualquer tipo de tradição oral secreta. Neste ponto da História da
Igreja, Escritura e Tradição eram conceitos coerentes; “não há nenhuma forma de
imaginar um possível conflito entre a Escritura Cristã e a Tradição Cristã – e,
portanto, não há necessidade de escolher entre elas”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a> De
fato, neste antigo momento da História da Igreja, o uso do termo “tradição”
para denotar o depósito apostólico da fé seria, estritamente falando,
anacrônico. O conceito de um depósito apostólico da fé existiu, mas nenhum termo
específico, incluindo “tradição”, foi usado para denotá-lo.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O
fato de o Senhor ter comunicado seu ensinamento à Igreja também é importante no
pensamento dos Pais Apostólicos. Nós não encontramos em seus escritos uma
dicotomia entre o ensinamento apostólico e a Igreja Apostólica. A Igreja é
distinguida da Escritura, mas as duas não são opostas.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a> A
verdadeira doutrina apostólica poderia ser encontrada somente no verdadeiro
corpo de Cristo – a Igreja Cristã.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O SEGUNDO E TERCEIRO SÉCULOS<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">No
segundo e terceiro séculos, a luta da igreja contra a heresia gnóstica resultou
em uma maior clarificação sobre o relacionamento entre Escritura, Tradição e Igreja.
Por causa dos gnósticos que usavam textos escriturísticos para provar seus
pontos de vista, e porque apelavam para alegadas tradições apostólicas, os pais
foram forçados a explicar o verdadeiro relacionamento entre Escritura e Tradição. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">IRINEU (c. 130-200)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Irineu,
o Bispo de Lião, foi um dos que estavam na linha de frente da Igreja antiga na
batalha contra o Gnosticismo. Ele deixou para a Igreja uma obra de imenso valor
intitulada <i>Contra as Heresias</i>. O
livro é destinado a destruir as várias formas da heresia gnóstica e ao mesmo
tempo defender o verdadeiro Cristianismo. De acordo com os gnósticos, a
revelação do conhecimento redentor não estava viável a todos os homens. Ao
invés disso, estava contida nas tradições apostólicas secretas que eram acessíveis
apenas àqueles que foram introduzidos nos mistérios gnósticos.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn9" name="_ftnref9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> Em defesa do Cristianismo
apostólico, Irineu desenvolve o conceito de <i>regula
fidei</i> ou “regra de fé”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn10" name="_ftnref10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a> A
<i>regula fidei</i> foi essencialmente o
conteúdo da profissão de fé que cada catecúmeno era chamado a recitar de
memória antes de seu batismo. Era um resumo da fé ensinada pelos apóstolos e
confiada aos seus discípulos.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn11" name="_ftnref11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Enquanto os gnósticos apelavam para uma tradição secreta não escrita, Irineu
apelava para a pública tradição da igreja. Isso significa que Irineu
subordinava a Escritura à tradição? Não. Como Heiko Oberman salienta, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 35.35pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Irineu
insiste que a regra de fé ou regra da verdade (<i>regula fidei</i> ou <i>regula
veritatis</i>) é fielmente preservada pela Igreja apostólica e tem encontrado
expressão multiforme nos livros canônicos. Há uma continuação intacta do <i>kerigma</i> anunciado na Santa Escritura.
Uma forma de falar aqui de uma “escripturização” da proclamação apostólica que
em sua forma escrita constitui o fundamento e pedra angular da fé.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn12" name="_ftnref12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 35.35pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Para
Irineu, essa “escripturização” significa que a fé apostólica tem sido
salvaguardada por estar permanentemente escrita na Santa Escritura.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn13" name="_ftnref13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></a>
As duas, de forma alguma, eram opostas, e nem as Escrituras eram subordinadas à
Tradição. Irineu simplesmente apela para essa <i>regula fidei</i> como um princípio hermenêutico necessário. O estudioso
ortodoxo Georges Florovsky salienta que na Igreja antiga a exegese era “o
principal e, provavelmente, único método teológico, e a autoridade das Escrituras
era soberana e suprema”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn14" name="_ftnref14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Mas a <i>regula fidei</i> foi o contexto
necessário para a correta interpretação daquela Escritura autoritativa.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn15" name="_ftnref15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></a>
F.F. Bruce sumariza esse antigo entendimento da regra de fé:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Quando
o sumário da tradição apostólica é chamada de regra de fé ou regra da verdade,
a implicação é que essa é a norma da igreja, o padrão pelo qual tudo que se
apresente como fé cristã ou doutrina cristã deve ser jugado, o critério para o
reconhecimento da verdade e exposição do erro. Se na época é formalmente distinguida
da Escritura no sentido de que é reconhecida como a interpretação da Escritura,
em outras épocas é materialmente idêntica a Escritura no sentido de que ela
resume o que a Escritura diz. Claramente o que foi escrito pelos apóstolos em
suas cartas e o que foi entregue por eles oralmente aos seus discípulos e
transmitido na tradição da Igreja deve ser um e o mesmo corpo de ensino.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn16" name="_ftnref16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[16]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Esse
conceito de <i>regula fidei</i> manteve-se
como uma ferramenta crucial no arsenal da Igreja antiga contra o gnosticismo e
outras heresias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">CLEMENTE DE ALEXANDRIA (c. 150-c. 215)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Uma
das mais longas explanações do relacionamento entre Escritura, tradição e
Igreja na antiga literatura cristã é encontrada nas <i>Stromata</i> [Miscelâneas] de Clemente de Alexandria. Clemente escreveu
no contexto histórico da batalha contra o Gnosticismo, e o capítulo 16 do livro
VII é devotado a uma elucidação da Escritura como o critério pelo qual a
verdade e a heresia podem ser distinguidas. Logo na primeira sentença do
capítulo 16, Clemente declara a necessidade de ter todas as coisas provadas
pela Escritura: “Mas aqueles que estão prontos para labutar nas mais excelentes
atividades não desistirão de procurar pela verdade até conseguir a demonstração
das próprias Escrituras”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn17" name="_ftnref17" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[17]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Assim como Irineu, Clemente reconhece a necessidade da <i>regula fidei</i> como o contexto interpretativo de Escritura e explica
melhor esse relacionamento no capítulo 17; mas ao longo deste capítulo é a
própria Escritura que é considerada como o critério da verdade.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn18" name="_ftnref18" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[18]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">TERTULIANO (c. 155-220)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A
explicação do relacionamento entre Escritura, tradição e Igreja não difere de
forma significativa daquela de Irineu. Assim como Irineu, Tertuliano não
diferencia Escritura e Tradição; ao invés disso, alega que a pregação oral dos
apóstolos foi posta por escrito na Escritura.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn19" name="_ftnref19" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[19]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Para Tertuliano, como Kelly explica, “a Escritura tem autoridade absoluta; o
que quer que ela ensine é necessariamente verdade, e a desgraça [“cai sobre”]
aquele que aceita doutrinas não descobertas nela”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn20" name="_ftnref20" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[20]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Ao refutar um dogma particular do Docetismo, por exemplo, Tertuliano escreve,
“mas não há evidência disso, pois as Escrituras nada dizem”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn21" name="_ftnref21" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[21]</span></span><!--[endif]--></span></a> Ao
contender contra o patripassianismo de Praxeas, ele escreve, “Vamos nos
contentar em dizer que Cristo morreu, o Filho do Pai; e que isso seja suficiente,
pois as Escrituras tem-nos dito muita coisa”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn22" name="_ftnref22" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[22]</span></span><!--[endif]--></span></a> Em
sua contenda contra o ensinamento de Hermógenes de que a matéria era eterna,
ele diz, “Mas se todas as coisas foram feitas de qualquer matéria subjacente,
eu tenho ainda falhado em encontrar. Onde tal declaração está escrita
Hermógenes é quem deve nos dizer. Se não está escrita em lugar algum, então,
deixemo-lo temer a desgraça que cai sobre todos os que adicionam ou subtraem da
palavra escrita”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn23" name="_ftnref23" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[23]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Também
encontramos em Tertuliano “uma notável insistência sobre a decisiva diferença entre
a tradição de Deus, preservada no cânon e as tradições dos homens (<i>consuetudines</i>)”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn24" name="_ftnref24" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[24]</span></span><!--[endif]--></span></a>
No capítulo 13 de <i>On Prescription Against
Heretics</i> [Prescrição contra os Hereges], Tertuliano condena como loucura a
ideia de que os apóstolos “não revelaram tudo aos homens”, mas, ao invés disso,
“proclamaram somente algumas coisas abertamente e ao mundo todo, enquanto
divulgavam outras coisas (apenas) em secreto e a poucos”. Essa ideia gnóstica
de uma tradição apostólica secreta é condenada de forma vívida por Tertuliano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Assim
como Irineu, Tertuliano esboça a <i>regula
fidei</i> em um bom número de ocasiões em seus escritos.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn25" name="_ftnref25" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[25]</span></span><!--[endif]--></span></a>
No capítulo 13 de seu tratado <i>Prescrição
contra os Hereges</i>, por exemplo, ele descreve a regra de fé como,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A
crença de que há apenas um Deus, e que ele não é nenhum outro senão o Criador
do mundo, que criou todas as coisas do nada por Sua própria Palavra, enviada em
primeiro lugar; que essa palavra é chamada de seu filho, e, sob o nome de Deus,
foi vista “de diversas maneiras” pelos patriarcas, ouvida em todos os tempos
nos profetas e, por fim, trazida ao mundo pelo Espírito e Poder do Pai pela
Virgem Maria, tornou-se carne em seu útero e nasceu dela como Jesus Cristo; daí
em diante, ele pregou a nova lei e a nova promessa do reino dos céus, operando
milagres; tendo sido crucificado, ressurgiu ao terceiro dia (então) tendo
ascendido aos céus, sentou à direita do Pai; Enviou, em seu lugar, o Poder do
Santo Espírito para ensinar a como crer; virá em glória para levar os santos ao
gozo da vida eterna e das promessas celestiais e condenar os ímpios ao fogo
eterno, após a ressurreição do corpo dessas duas classes de pessoas ter
ocorrido, juntamente com a ressurreição de toda a carne.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 7.1pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Alguém
irá notar a similaridade na forma geral entre o antigo esboço da regra de fé e
o que mais tarde viria a ser conhecido como o credo dos apóstolos. A regra de
fé, assim como o Credo dos Apóstolos, segue um esboço trinitariano, começando
com uma confissão de fé no Pai seguida por uma confissão de fé no Filho e no
Espírito. Também deve ser notado que como no caso de Irineu, para Tertuliano,
as Escrituras de forma alguma estão subordinadas a essa “regra de fé”. São as
Escrituras, de acordo com Tertuliano, que, “de fato, fornecem-nos a nossa regra
de fé”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn26" name="_ftnref26" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[26]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Mas é a regra de fé que é o contexto hermenêutico para uma correta
interpretação das Escrituras e a regra de fé apostólica tem como sua fonte os
apóstolos, sendo elas mutualmente recíprocas e indivisíveis para Tertuliano.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn27" name="_ftnref27" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[27]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">HIPÓLITO DE ROMA (c. 170-236).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Outro
testemunho demonstrando a crença patrística numa única fonte de entendimento da
alto-revelação de Deus pode ser encontrado nos Escritos de Hipólito. Em uma
obra intitulada <i>Against the Heresy of One
Noetus</i> [Contra a Heresia de um Noetus], Hipólito explica a fonte de nosso conhecimento
de Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Há,
irmãos, apenas um Deus, e o conhecimento dele nós obtemos a partir das Escrituras
e de nenhuma outra fonte. Pois, assim como um homem que deseja ser hábil na
sabedoria deste mundo se encontrará inapto a chegar a ela por qualquer outro
meio que não seja o domínio dos dogmas dos filósofos, assim também, qualquer de
nós que deseje praticar a piedade estará inapto a aprender sua prática de
qualquer outro abrigo que não sejam os oráculos de Deus. O que quer que as
Escrituras declarem, devemos examinar; e o que quer que ela ensine, devemos
aprender; e como o Pai deseja que nossa fé deva ser, assim devemos crer; e
assim como o Filho deseja ser glorificado, assim devemos glorificá-lo; e como
Ele deseja que o Santo Espírito seja outorgado, assim devemos recebê-lo. Não de
acordo com a nossa própria vontade, nem mesmo usando violentamente essas coisas
que são dadas por Deus, mas da maneira como ele tem escolhido ensiná-las pelas
Santas Escrituras, assim devemos discerni-las.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn28" name="_ftnref28" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[28]</span></span><!--[endif]--></span></a> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Hipólito
não divorcia as Sagradas Escrituras da Igreja ou da <i>regula fidei</i>. De fato, ele inclui um sumário de como a Igreja usa a
<i>regula fidei</i> em sua condenação a
Noetus,<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn29" name="_ftnref29" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[29]</span></span><!--[endif]--></span></a>
mas as Sagradas Escrituras são mantidas adiante como o único padrão e a única
fonte para o conhecimento de Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">CIPRIANO (c. 200-258).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Mais um <i>insight</i>
no entendimento da Igreja Antiga sobre o relacionamento entre Escritura, Igreja
e tradição pode ser obtido através de um exame das cartas de Cipriano, o Bispo
de Cartago. A questão dos cristãos excomungados foi um assunto controverso
nesta época, e Cipriano brigou extensivamente com o Papa Estevão I sobre a
querela do batismo.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn30" name="_ftnref30" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[30]</span></span><!--[endif]--></span></a> O
que é de interesse nesse ponto não é o assunto do debate tanto quanto a maneira
do debate e os princípios expressos. Em uma carta escrita para explicar as
ações de Estevão I, Cipriano acusa diretamente o Papa de erro. Ele escreve,
“tenho enviado a vocês uma cópia de sua réplica; com a leitura dela, vocês
observarão mais e mais seu erro em esforçar-se para manter a causa dos
heréticos contra os cristãos e contra a Igreja de Deus”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn31" name="_ftnref31" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[31]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Ele continua,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Nada
deixe ser inovado, diz ele, nada mantendo, exceto o que tem sido transmitido.
De onde vem essa tradição? Ela descende da autoridade do nosso Senhor e do
Evangelho, ou vem dos mandamentos e das Epístolas dos apóstolos? Para que essas
coisas que estão escritas sejam cumpridas, Deus testemunha e admoesta, dizendo
a Josué, o filho de Num: “O livro desta lei não deverá ser apartado de tua
boca; mas tu meditarás nela dia e noite, para que possas observar e fazer de
acordo com tudo o que está escrito nela”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn32" name="_ftnref32" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[32]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Cipriano
se entristece com o erro de Estafano: “Que obstinação é essa, ou que presunção,
preferir a tradição humana à ordenança divina, e não observar que Deus está
indignado e irado com as muitas vezes que a tradição humana afrouxa e invalida
os preceitos divinos”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn33" name="_ftnref33" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[33]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Ele lamenta o fato de que “aquilo que é feito sem contato com a Igreja acaba
sendo bastante defendido dentro da própria Igreja”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn34" name="_ftnref34" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[34]</span></span><!--[endif]--></span></a>
E, argumentando contra o próprio papa que alegava estar meramente defendendo a
antiga tradição da Igreja, Cipriano contrapõe, “nem deveria ser costume aquilo
que rastejou entre alguns, para evitar que a verdade prevalecesse e
conquistasse; pois costume sem verdade é a antiguidade do erro”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn35" name="_ftnref35" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[35]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Em uma carta de Firmiliano, o Bispo de Cesárea,
a Cipriano a respeito das ações do Papa Estevão I, nós obtemos outra testemunha
da atitude da Igreja antiga sobre a autoridade. Firmiliano escreve, “Mas eles
que estão em Roma não observam essas coisas em todos os casos que são transmitidas
desde o início e em vão fingem ter autoridade apostólica”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn36" name="_ftnref36" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[36]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Ele argumenta que, por advogar heresia, o Papa Estevão I tem quebrado a paz e a
unidade da Igreja Católica.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn37" name="_ftnref37" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[37]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Não há nenhuma intimação aqui ou em qualquer outro lugar nos pais ante-nicenos
de um <i>charisma</i> ou dom de infalibilidade
dado ao Bispo Romano que automaticamente o preserva de desvios doutrinários da
fé apostólica. Não apenas está assumida a possibilidade de grave erro, mas é
abertamente declarado ter isso ocorrido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O
QUARTO E QUINTO SÉCULOS<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O quarto e o quinto séculos da história
da Igreja foram um período de grandes controvérsias e consolidações teológicas.
Foi durante esse período de tempo que as intensas batalhas trinitarianas e cristológicas
alcançaram seu clímax. Foi também durante esses dois séculos que os padrões de
ortodoxia trinitariana e cristológica foram clarificados e explanados nos
concílios ecumênicos de Nicéia (325 d.C.), Constantinopla (381 d.C.), Éfeso (431
d.C.) e Calcedônia (451 d.C.), e oficialmente foram estabelecidos no Credo
Niceno-constantinopolitano e na Definição de Calcedônia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">ATANÁSIO (c. 296-373)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Considerado como o grande teólogo de seu
tempo, Atanásio, o Bispo de Alexandria, foi uma personagem chave na batalha do
quarto século contra a heresia ariana. Seus incansáveis esforços foram em
grande parte responsáveis pelo grande Concílio Ecumênico de Nicéia em 325 d.C.,
que oficialmente condenou o Arianismo e reivindicou a ortodoxia doutrinária.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn38" name="_ftnref38" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[38]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Assim como os antigos hereges, os
arianos apelavam para Escritura e, de fato, insistiam que toda a discussão
deveria estar restrita ao texto da Escritura. A crítica de Atanásio a esses
heréticos, portanto, provê um inestimável estudo do conceito de autoridade na
Igreja antiga. Atanásio não nega a suficiência das Escrituras para a defesa da
fé e da verdade. Muito pelo contrário, ele a afirmou explicitamente muitas
vezes. Ele declara em algum lugar que “as sagradas e inspiradas Escrituras são
suficientes para declarar a verdade”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn39" name="_ftnref39" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[39]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Em outro lugar, ele argumenta que “a Santa Escritura é, em todas as coisas,
mais do que suficiente para nós” e urge “àqueles que desejarem mais destas
questões a lerem a divina Palavra”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn40" name="_ftnref40" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[40]</span></span><!--[endif]--></span></a> E
novamente ele diz, “a divina Escritura é suficiente em todas as coisas”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn41" name="_ftnref41" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[41]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O erro dos hereges, de acordo com
Atanásio, não está em seu apelo à Escritura, mas em seu apelo à Escritura
tomada fora do contexto da fé apostólica, aquilo que Irineu se refere como a <i>regula fidei</i>. Como Florovsky nota,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Esta
“regra”, contudo, não era, em sentido algum, uma autoridade “estranha” que
seria imposta sobre as Sagradas Letras. Era a mesma “pregação apostólica” que
foi posta por escrito nos livros do Novo Testamento; era, por assim dizer, essa
pregação <i>in epitome</i>”<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn42" name="_ftnref42" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[42]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">De
acordo com Atanásio, a Santa Escritura é a <i>paradosis</i>
ou “tradição” apostólica.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn43" name="_ftnref43" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[43]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Não há nenhum conceito de segunda fonte de tradição. Em todo o seu debate com
os arianos, Atanásio nunca apela a quaisquer “tradições” plurais.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn44" name="_ftnref44" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[44]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Ele apela para a suficiência da Santa Escritura como interpretada dentro do
contexto da <i>regula fidei</i> apostólica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">HILÁRIO DE POTIERS (c. 300-367).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A
preocupação de interpretar as Escrituras autoritativas dentro do contexto da fé
apostólica é repetida nos escritos de Hilário, o Bispo de Poitiers. A regra de
fé apostólica e a Santa Escritura são essencialmente uma e a mesma para
Hilário. Em seu tratado<i> On the Councils</i>,
ele provê um breve esboço da tradição evangélica e apostólica e então conclui,
“Pois em todas essas coisas que foram escritas nas divinas Escrituras pelos
profetas e apóstolos nós cremos e seguimos verdadeiramente e com temor”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn45" name="_ftnref45" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[45]</span></span><!--[endif]--></span></a>
As mesmas verdades as quais ele chama de tradições apostólicas, também são
referidas por ele como escritas nas Escrituras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Essas
Escrituras, contudo, não podem ser interpretadas a parte do contexto da fé
apostólica sem que seja destruído o seu significado. Ele escreve sobre os
heréticos, “Tal é o erro deles, tal é o ensino pestilento deles; para sustentá-lo,
eles tomam as palavras da Escritura, pervertendo seu significado e usando a
ignorância dos homens como oportunidade de obter credibilidade para suas mentiras”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn46" name="_ftnref46" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[46]</span></span><!--[endif]--></span></a> A
Escritura é a autoridade doutrinária final de acordo com Hilário, mas somente
quando é interpretada corretamente. O mero uso da Escritura não garante seu
correto manuseio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">CIRILO DE JERUSALÉM (c. 315-384)</span></b><span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Uma
das mais fascinantes declarações feitas por qualquer dos antigos Pais da Igreja
a respeito da autoridade das Escrituras é encontrada nas <i>Leituras Catequéticas</i> da Cirilo, Bispo de Jerusalém. Ele escreve: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Concernente
aos divinos e santos mistérios da fé, nem mesmo uma declaração casual deve ser
emitida sem as Santas Escrituras; nem devemos nós nos desviarmos para mera
possibilidade ou artifícios de retórica. Nem mesmo a mim, que vos digo essas
coisas, deem absoluta credibilidade, a não ser que recebas a prova das coisas
que eu anuncio das Divinas Escrituras. Pois essa salvação na qual cremos
depende não de raciocínios engenhosos, mas da demonstração das Santas
Escrituras.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn47" name="_ftnref47" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[47]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Aqui
encontramos declarada, da forma mais clara possível, a necessidade de firmes
provas escriturísticas para todo artigo de fé. Cirilo diz a seus catecúmenos
que não baseiem sua fé sobre plausibilidades ou argumentos engenhosos ou mesmo
sobre sua própria autoridade como um Bispo, mas que a baseiem sobre provas
claras da própria Santa Escritura.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O PERÍODO TRANSICIONAL<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Até
aqui o testemunho dos antigos pais da Igreja a respeito da questão da
autoridade é consistente. A Escritura é a autoridade, mas deve ser interpretada
de acordo com a <i>regula fidei</i>
apostólica. Como notado por G.L. Prestige, “A voz da Bíblia seria plenamente
ouvida apenas se seu texto fosse interpretado amplamente e racionalmente em
concordância com o credo apostólico e a evidência histórica da prática do Cristianismo”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn48" name="_ftnref48" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[48]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Numa série de estudos históricos, o historiador da Igreja Heiko Oberman
descreve as características dessa antiga posição patrística. Como ele explica,
esse conceito fonte única de “tradição” tem duas qualidades primárias: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">1.
A origem divina e imediata da tradição juntamente com a insistência numa clara série
de atos históricos de Deus na Regra de Fé ou Regra da Verdade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">2.
A rejeição de tradições extra-escriturísitcas.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn49" name="_ftnref49" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[49]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Por
uma questão de clareza, Oberman chama a “única tradição exegética de
interpretação da Escritura de ‘Tradição I’”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn50" name="_ftnref50" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[50]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Essa foi a visão universalmente sustentada nos três primeiros séculos da Igreja.
Durante o século IV, contudo, um período de transição se inicia quando muitos
pais proeminentes começam a sugerir um conceito de dupla-fonte de tradição.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">BASÍLIO, O GRANDE (c. 330-379)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">É
nos escritos de Basílio o Grande, no quarto século, que encontramos pela
primeira vez a sugestão de “que o cristão deve igual respeito e obediência às
tradições eclesiásticas escritas e não escritas, esteja contida nos escritos
canônicos ou na tradição oral secreta transmitida pelos apóstolos através de
seus sucessores”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn51" name="_ftnref51" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[51]</span></span><!--[endif]--></span></a> A
passagem em questão é encontrada no tratado de Basílio <i>On the Holy Spirit </i>[Sobre o Espírito Santo]. Ele escreve,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.05pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Das
crenças e práticas, quer geralmente aceitas quer publicamente prescritas que estão
preservadas na Igreja, algumas podemos derivar de ensinamentos escritos; outras
temos recebido como entregues a nós “em mistério” pela tradição dos apóstolos;
e as duas estão relacionadas a verdadeira religião e possuem a mesma força.
Ninguém as poderá contradizer; ninguém, em todos os eventos, ainda que moderadamente
versado nas instituições da Igreja. Pois estávamos nós tentando rejeitar tais
costumes como não tendo autoridade escrita, sobre a base de que elas possuíam
importância pequena, intencionalmente injuriaríamos o Evangelho em seus pontos
vitais; ou, mais: faríamos de nossa definição pública uma mera frase e nada
mais.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn52" name="_ftnref52" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[52]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Como
veremos, esses comentários de Basílio foram apreendidos na Idade Média tardia
pelos teólogos e canonistas procurando defender uma segunda fonte autoritativa
e extra-bíblica de revelação. E, enquanto é bem possível que o ensino de
Basílio seja a primeira ocorrência possível do que Oberman chama de “Tradição
II”, a defesa tem sido feita pelo teólogo Ortodoxo Georges Florovsky de que
Basílio não quis dizer nada do tipo. Ele nota,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 42.55pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 42.55pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Em
todo caso, alguém não seria constrangido pela contenção de São Basílio de que a
<i>dogmata</i> foi entregue ou transmitida
pelos Apóstolos <i>en musterio</i>. Seria
uma flagrante má tradução se a vertêssemos como “em secreto”. A única versão
exata seria: “pela forma de mistérios”, isto é, sob a forma de ritos e usos
(litúrgicos), ou “hábitos”. De fato, é precisamente o que o próprio São Basílio
diz: <i>ta pleistia ton mustikon agraphos
hemin empoliteuetai</i> [Muitos dos mistérios são comunicados a nós por uma
forma não escrita]. O termo <i>ta mustika</i>
refere-se aqui, obviamente, aos ritos do Batismo e da Eucaristia, que são, para
São Basílio, de origem “apostólica”. ... na verdade, todas as instâncias
citadas por São Basílio nessa conexão são de natureza ritualística ou
litúrgica.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn53" name="_ftnref53" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[53]</span></span><!--[endif]--></span></a> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 42.55pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Todos
esses ritos litúrgicos, de acordo com Basílio, vêm de uma “silenciosa” e
“privada” tradição. Mas, como nota Florovsky, “[e]ssa ‘silenciosa’ e ‘mística’
tradição, ‘que não tem se tornado pública’, não é uma doutrina exotérica,
reservada para alguns de uma elite particular”. De fato, “a ‘elite’ era a
Igreja”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn54" name="_ftnref54" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[54]</span></span><!--[endif]--></span></a>
O contexto histórico lança alguma luz sobre esse conceito obscuro: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">São
Basílio está se referindo aqui ao que é agora denotado como <i>disciplina arcani</i> [Disciplina do
Sigilo]. No século IV essa disciplina esteve em largo uso, foi formalmente
imposta e advogada na Igreja. Ela foi relacionada à instituição do catecumenato
e teve primariamente um propósito didático e educacional. Por outro lado, como
São Basílio mesmo diz, certas “tradições” precisavam ser mantidas “não escritas”
a fim de prevenir a profanação pelas mãos de infiéis. Esse destaque obviamente
se refere aos ritos e usos. Deve ser lembrado neste ponto que na prática do
quarto século, o Credo (também chamado de Oração Dominical) estava a parte desta
“disciplina do sigilo” e não podia ser divulgada ao não-iniciado. O Credo foi
restrito aos candidatos ao batismo, no último estágio de sua instrução, após
terem sido solenemente arrolados e aprovados. O credo era comunicado ou
“tradicionado” a eles pelo bispo <i>oralmente</i>
e eles deveriam recitá-lo de memória perante ele... Os catecúmenos foram
fortemente aconselhados a não divulgar o Credo aos de fora e a não
comprometê-lo por escrito. Ele deveria ser escrito em seus corações.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn55" name="_ftnref55" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[55]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 42.55pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">É
contra o contexto e pano de fundo históricos que os comentários de Basílio
devem interpretados e entendidos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 42.55pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A
única diferença entre <i>dogma</i> e <i>kerygma </i>estava na maneira de sua
transmissão: o dogma é mantido “em silêncio” e os <i>kerygmata</i> são “públicos”... Mas seu intento é idêntico: eles
transmitem a mesma fé de maneiras diferentes... Assim, a “tradição não
escrita”, nos ritos e símbolos, realmente não adiciona nada ao conteúdo da fé
escriturística; apenas põe essa fé em foco... O apelo de São Basílio à
“tradição não escrita” foi, na verdade, um apelo à fé da Igreja... Ele
asseverou que, a parte desta regra de fé “não escrita”, era impossível compreender
o ensino e intenção da própria Escritura. São Basílio foi estritamente
escriturístico em sua teologia: a Escritura foi para ele o critério supremo de
doutrina.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn56" name="_ftnref56" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[56]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 42.55pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Basílio,
em uma de suas muitas cartas, explicitamente declara ser a Escritura o critério
supremo. Escrevendo sobre sua controvérsia com os heréticos, ele diz,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A
queixa deles é que seus costumes não aceitam isso, e que a Escritura não concorda.
Qual é minha resposta? Eu não considero justo que os costumes que entre eles
existem deva ser respeitado como uma lei ou regra de ortodoxia. Se costumes devem
ser tomados como prova do que é certo, então é certamente conveniente para mim
apresentar ao meu lado o costume que aqui prevalece. Se eles rejeitam isso, nós
claramente não somos obrigados a segui-los. Portanto, deixemos a Escritura
divinamente inspirada decidir entre nós; e qualquer que seja o lado onde haja
doutrinas em harmonia com a Palavra de Deus, em favor daquele lado estará o
voto da verdade.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn57" name="_ftnref57" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[57]</span></span><!--[endif]--></span></a>
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 42.55pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A
evidência parece indicar que, a despeito da ambiguidade inerente em suas
palavras infames, que Basílio intentava ser compreendido como ensinando um
conceito de revelação a partir de duas fontes. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">GREGÓRIO DE NISSA (c. 335-c. 394).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Gregório,
seu irmão Basílio o Grande e o grande amigo deles, Gregório de Nazianzo, são
conhecidos pelos historiadores como os Pais Capadócios. Estes homens são mais
conhecidos por suas detalhadas defesas do Trinitarianismo Niceno contra os
ataques dos heréticos arianos. Gregório, que foi ordenado bispo de Nissa,
escreveu um grande número de tratados filosóficos, teológicos e apologéticos.
Uma dessas obras, intitulada <i>On the Soul
and the Ressurrection</i> [Sobre a Alma e a Ressurreição], contém uma
declaração resumida de sua visão da autoridade das Escrituras. O livro é apresentado
em forma de um diálogo entre Gregório e Macrina, que é referido como “o
Mestre”. Através do livro, Gregório levanta objeções à doutrina cristã e o
mestre responde. Próximo ao início do tratado, Gregório sumariza a resposta
cristã ortodoxa às especulações dos filósofos. Ele escreve,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Mas
enquanto que o último procedeu, sobre o assunto da alma, tanto na direção das
supostas consequências quanto ao agrado do pensador, nós não temos direito a
tal licença, quer dizer, não podemos afirmar o que nos agrada; nós fazemos das
Sagradas Escrituras nossa regra e padrão para qualquer dogma; nós
necessariamente fixamos nossos olhos sobre isso e tão somente aprovamos aquilo
que pode ser harmonizado com o sentido desses escritos.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn58" name="_ftnref58" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[58]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Embora
escrito num contexto de debate filosófico, a intenção da declaração de Gregório
é clara: a Escritura é a norma doutrinal da fé cristã.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> J.N.D. Kelly sugere que Gregório fez
diferença entre a Escritura e uma tradição extra-escriturística quando, em seu
desejo de provar a geração única do Filho, argumentou ser suficiente “que a
tradição veio até nós por nossos pais, transmitida como uma herança, por
sucessão dos apóstolos e dos santos que os sucederam”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn59" name="_ftnref59" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[59]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Não está claro, contudo, que Gregório quis dizer algo diferente aqui do que aquilo
que os antigos Pais entendiam por seu uso da tradição. De fato, o próprio
Gregório explica em outro lugar: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A
fé cristã, que está em acordo com o mandamento de Nosso Senhor, tem sido
pregada a todas as nações por seus discípulos, não de homens nem por homens,
mas por Nosso próprio Senhor Jesus Cristo... Ele, digo, apareceu sobre a terra
e “conversou com os homens”, que os homens deveriam não mais ter opiniões de
acordo com suas próprias noções a respeito da auto-existência, formulando uma
doutrina que sugira ou que venha a eles a partir de vagas conjecturas, mas
devemos estar convictos de que Deus foi verdadeiramente manifesto em carne e
crer que este é o único e verdadeiro “mistério da piedade”, que foi entregue a
nós pelo grande Verbo e Deus, que de si mesmo falou aos Seus Apóstolos, e que
devemos receber o ensino concernente à natureza transcendental da deidade que é
dado a nós, por assim dizer, “através do vidro escuro”, das velhas Escrituras –
da lei, dos profetas e dos livros sapienciais [de sabedoria] –, como evidência
da verdade completamente revelada a nós, reverentemente aceitando o significado
das coisas que tem sido ditas, bem como em acordo com a fé apresentada pelo
Senhor em toda a Escritura, cuja fé nós guardamos como a recebemos, <i>palavra por palavra</i>, em pureza, sem
falsificação, julgando até mesmo a mais ligeira divergência das <i>palavras entregues a nós</i> como uma
extrema blasfêmia e impiedade... Na fé, então, que foi entregue por Deus aos
Apóstolos não admitimos nem subtração nem alteração nem adição, sabendo indubitavelmente
que aquele que presume perverter a Divina expressão por sofismas desonestos “tem
por pai o demônio”, que <i>deixa as palavras
da verdade </i>e “fala de si mesmo” tornando-se o pai da mentira.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn60" name="_ftnref60" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[60]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A
ênfase, através desta passagem é que a fé – a tradição – que é transmitida está
claramente escrita “palavra por palavra”. Em outras palavras, são as Escrituras
apostólicas juntamente com as velhas Escrituras (Antigo Testamento), as quais
Gregório não admite subtração, alteração ou adição. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">JOÃO CRISÓSTOMO (c. 347-407).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Considerado um dos “doutores” da Igreja, João passou
uma série de anos servindo como diácono e presbítero na igreja de Antioquia.
Seu dom de pregação foi tão admirado que mais tarde lhe rendeu o apelido <i>Crisóstomo</i> ou “boca de ouro”. Em 398
a.C., João tornou-se bispo de Constantinopla, uma das grandes sedes da Igreja
antiga. Mas foi pelo seu dom de pregação que ele se destacou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Diferentemente
de Basílio e Gregório de Nissa, cujo suporte a tradição II é no mínimo ambíguo,
parece que João abraça um conceito de dupla-fonte de revelação. Enquanto que
ele assevera, sem hesitação, a autoridade das Escrituras, parece também
asseverar a existência da autoridade de tradições apostólicas não escritas. Uma
declaração explícita da visão de João a respeito da autoridade da Escritura é
encontrada em seu sermão sobre 2 Timóteo 3.16-17. Em seu exame desta passagem,
João cuidadosamente comenta cada frase. Ele escreve a respeito das formas pelas
quais a Escritura é rentável para a doutrina: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Pois
daí saberemos se devemos ouvir ou ser ignorantes de qualquer coisa. E daí
poderemos refutar o que é falso, daí poderemos ser corrigidos e trazidos a um
correto entendimento, poderemos ser confortados e consolados, e se faltar
alguma coisa, poderemos tê-la adicionada a nós.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">“Para
que o homem de Deus seja perfeito”. Pois esta é a exortação que a Escritura
traz, que o homem de Deus seja aperfeiçoado por ela; sem isso, portanto, ele
não pode ser perfeito. Tu tens as Escrituras, ele diz, em meu lugar. Se
aprendeste qualquer coisa, aprendeste dela. E se assim ele escreveu para
Timóteo, que era cheio do Espírito, quanto mais a nós!<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn61" name="_ftnref61" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[61]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Um
dos mais interessantes comentários que João faz aqui é sua asserção de que as
Escrituras são o que o homem de Deus agora tem “em lugar de” um Apóstolo. A
autoridade dos Apóstolos é agora encontrada nos seus escritos – as Escrituras.
Em outro lugar, João diz aos seus leitores, “exorto e suplico a todos vocês,
desconsiderem o que esses homens pensam a respeito destas coisas, e investiguem
a partir das escrituras todas elas”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn62" name="_ftnref62" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[62]</span></span><!--[endif]--></span></a> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Isso, no entanto, não é tudo o que João tem a
dizer. Em uma homilia sobre 2 Tessalonicenses 2.15, João diz o seguinte,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">É
manifesto que eles [os Apóstolos] não entregaram tudo por epístola, mas muitas
coisas também não escritas e, de igual maneira, tanto uma quanto outra são
dignas de crédito. Portanto, deixe-nos pensar na tradição da Igreja como também
digna de crédito. É uma tradição, não procure outra coisa.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn63" name="_ftnref63" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[63]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Conquanto
seja possível que João não tenha tentando dizer mais do que Basílio, a
distinção específica entre o que é escrito e o que é não escrito é clara. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">AGOSTINHO (354-430)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Provavelmente o maior teólogo dos primeiros mil
anos da Igreja, Agostinho, o Bispo de Hipona, é conhecido popularmente por suas
<i>Confissões</i>. Igualmente importante,
embora menos familiar a maioria, são suas inúmeras obras teológicas tais como <i>Sobre a Trindade</i>, os escritos
anti-pelagianos e sua enorme e altamente influente Filosofia da História – <i>A Cidade de Deus</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">De acordo com Oberman, Agostinho é claramente
um antigo proponente da Tradição II – o conceito de tradição que permite uma
fonte extra-bíblica de revelação autoritativa. Por exemplo, em seu tratado
moral <i>Sobre o Bem da Viuvez</i>, ele
escreve,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O
que mais posso te ensinar do que aquilo que lemos nos Apóstolos? Pois a Santa
Escritura estabelece uma regra para nosso ensinamento, que não ousemos “ser
mais sábios do que nos convém”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn64" name="_ftnref64" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[64]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 42.55pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Igualmente
em <i>A Unidade da Igreja</i>, ele escreve,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Não
vamos ouvir: Isso eu digo, isso você diz; mas, assim diz o Senhor. Certamente
são os livros do Senhor sobre cuja autoridade nós concordamos e cremos. Nós vamos
seguir a Igreja, lá vamos discutir nosso caso... Deixemos que estas coisas
sejam removidas de nosso meio as quais nós citamos uns contra os outros não dos
livros divinos canônicos, mas de outros lugares. Alguém talvez possa perguntar:
Por que você quer remover essas coisas do seu meio? Porque eu não quero que a
santa Igreja prove por documentos humanos, mas por oráculos divinos.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn65" name="_ftnref65" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[65]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 42.55pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Agostinho
também deixa claro que a <i>regula fidei</i>
é essencialmente um sumário da Santa Escritura. Em um sermão para catecúmenos,
ele declara que as palavras do Credo “que tendes ouvido estão nas Divinas Escrituras
de ponta a ponta, foram aí reunidas e resumidas em uma”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn66" name="_ftnref66" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[66]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Se isso fosse tudo o que Agostinho disse,
poderíamos concluir confiantemente que ele compartilhava do mesmo conceito de
tradição ensinado nos três primeiros séculos. Contudo, conquanto Agostinho
assevere a autoridade da revelação escriturística, ele também sugere que há uma
tradição oral autoritativa extra-escriturística. Isso fica muito óbvio em seus
escritos sobre questões tais como o batismo. Ele escreve, por exemplo, em um
tratado sobre o assunto, “se qualquer um seguir a autoridade divina neste
assunto, embora o que seja mantido por toda a Igreja não tenha sido instituído
pelos Concílios, mas como uma questão de costume invariável, é certamente claro
ter sido transmitido pela autoridade apostólica”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn67" name="_ftnref67" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[67]</span></span><!--[endif]--></span></a> E
em um comentário sobre a controvérsia de Cipriano com o Papa Estevão I, ele
adiciona, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">“Os
Apóstolos”, de fato, “não deram injunções sobre o ponto”; mas o costume, que é
oposto a Cipriano, pode ser sustentado por ter tido sua origem na tradição
apostólica, assim como há muitas coisas que são observadas por toda a Igreja,
e, portanto, são justamente mantidas por terem sido ordenadas pelos apóstolos,
ainda que não mencionadas em seus escritos.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn68" name="_ftnref68" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[68]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 42.55pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Em
face disso, essa declaração, bem como as outras, parece indicar que Agostinho
advogava um conceito de dupla-fonte da tradição. E é bem possível que ele
abraçasse essa visão. É certamente verdade que essa sua declaração foi mais
tarde interpretada dessa forma. Mas quando consideramos o fato de que seus
sugestivos comentários (assim como os de Basílio) quase todos ocorrem dentro de
contextos de debates sobre questões litúrgicas e espirituais, deve-se manter
aberta a possibilidade de que Agostinho não quis dizer nada mais do que Basílio
quis e nem intentou advogar um novo conceito de tradição. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Em adição aos comentários feitos por
Agostinho a respeito da Escritura e Tradição, há numerosas declarações em seus
escritos sobre a autoridade da Igreja. Talvez a mais controversa declaração que
Agostinho carregue sobre a questão da autoridade eclesiástica é uma feita em
seus escritos anti-maniqueu. A própria declaração é lida como se segue: “De
minha parte, eu não creria no Evangelho se não fosse levado pela autoridade da
Igreja Católica”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn69" name="_ftnref69" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[69]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Este breve comentário tem sido um texto prova fundamental para as modernas
alegações eclesiásticas do Catolicismo Romano, mas permanece sendo discutido se
ela pode sustentar o peso que lhe foi colocado. Como Oberman explica, a asserção
de Agostinho de “prioridade prática” foi mais tarde interpretada como uma asserção
de “prioridade metafísica”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn70" name="_ftnref70" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[70]</span></span><!--[endif]--></span></a> A
verdadeira linguagem e contexto do comentário de Agostinho, contudo, não
permitem esta interpretação. Oberman salienta que “levado” é uma tradução do
Latim <i>commovit me</i> e que aqui “a
Igreja deve ser entendida como tendo uma autoridade de direcionar (<i>commovere</i>) o crente à porta que conduz à
plenitude do próprio mundo”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn71" name="_ftnref71" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[71]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Florovsky explica a importância de uma leitura contextual de Agostinho:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 35.45pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A
frase deve ser lida em seu contexto. Antes de tudo, Santo Agostinho não
proferiu esta sentença sobre seu próprio nome. Ele falou da atitude que um
simples crente deveria tomar quando confrontado com a alegação herética de
autoridade. Em sua situação, era apropriado para um simples crente apelar para
a autoridade da Igreja da qual e na qual tem recebido o próprio Evangelho: <i>ipsi Evangelio catholicis praedicantibus
credidi.</i> [Eu creio no próprio Evangelho, sendo instruído pelos pregadores
da Igreja]. O Evangelho e a pregação da Igreja <i>Catholica</i> permanecem juntos. Santo Agostinho não tinha intenção de
“subordinar” o Evangelho à Igreja. Ele apenas queria enfatizar que o
“Evangelho” é, de fato, recebido sempre no contexto da pregação católica da
Igreja. Apenas neste contexto pode ser acessível e devidamente entendido. Na
verdade, o testemunho da Escritura é, em última instância, “auto-evidente”, mas
apenas para o fiel, para aqueles que têm alcançado certa maturidade “espiritual”
– e isso só é possível dentro da Igreja. Ele opôs esse ensino e pregação <i>auctoritas</i> [autoridade] da Igreja Católica
às pretensiosas divagações da exegese de Maniqueu. O Evangelho não pertencia a
Maniqueu. <i>Catholicae Ecclesiae auctoritas</i>
[a autoridade da Igreja Católica] não era uma fonte independente de fé, mas um
princípio indispensável da sã interpretação. Na realidade, a sentença poderia
ser assim convertida: ninguém crê na Igreja a não ser que seja levado pelo
Evangelho. O relacionamento é estritamente recíproco.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn72" name="_ftnref72" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[72]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 42.55pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Nisso
Agostinho está de acordo com os antigos Pais que insistiram na necessária
função da Igreja. A evidência simplesmente não sustenta o conceito medieval e
tardio de uma Igreja que possui prioridade metafísica sobre a Santa Escritura.
Essa interpretação (que persiste até hoje) deriva de uma sentença tomada fora
de seu contexto e de uma leitura que vai bem mais além do que o contexto
permite.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A evidência, no entanto, dá um possível
apoio à asserção de Oberman de que Agostinho é um dos primeiros (senão o
primeiro) Pais Latinos a explicitamente endossar um conceito de dupla-fonte de
revelação. Isso é significante porque, como Pelikan nota, “de carta forma, em
um grau maior do que qualquer outro pensador cristão fora do Novo Testamento,
Agostinho tem determinado a forma e o conteúdo da doutrina da Igreja na
história do Cristianismo Ocidental”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn73" name="_ftnref73" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[73]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O
CÂNON VICENTINO<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Como temos visto, a questão de como
distinguir a verdade da heresia tem sempre confrontado a Igreja. A partir do
século primeiro em diante, heresias surgiram, e os cristãos foram forçados a
combatê-las. Temos visto a maneira pela qual o conceito de <i>regula fidei</i> desenvolveu-se e guiou os apologetas patrísticos. Um
dos mais completos e influentes tratamentos da questão de discernimento
encontrado nos antigos pais cristãos é o <i>Commonitorium
</i>[Comunitório] de Vicente de Lérins.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">VICENTE DE LÉRINS (? - c. 450).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Pouco conhecido é o autor do <i>Comunitório</i>. O livro é assinado por um
nome fictício, mas é atribuído a Vicente de Lérins por Genádio no fim do quinto
século, e seu julgamento tem sido aceito de forma quase unânime. O objetivo do
livro é prover um padrão ou regra pela qual a verdade cristã e apostólica possa
ser distinguida da heresia.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn74" name="_ftnref74" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[74]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Devido a sua significância, as partes relevantes dos comentários de Vicente de
Lérins serão citadas em sua totalidade:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 42.55pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Todo
cristão que queira desmascarar as intrigas dos hereges que brotam ao nosso
redor, evitar suas armadilhas e se manter íntegro e incólume numa fé incontaminada,
deve, com a ajuda de Deus, apetrechar sua fé de duas maneiras: com a autoridade
da lei divina ante tudo, e com a tradição da Igreja Católica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 42.55pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Sem
embargo, alguém poderia objetar: Posto que o Cânon das Escrituras é em si mais
que suficientemente perfeito para tudo, que necessidade há de se acrescentar a
autoridade da interpretação da Igreja? Precisamente porque a Escritura, por causa
de sua mesma sublimidade, não é entendida por todos de modo idêntico e universal.
De fato, as mesmas palavras são interpretadas de maneiras diferentes por uns e
por outros. Se pode dizer que tantas são as interpretações quantos são os leitores.
... É, pois, sumamente necessário, ante as múltiplas e arrevesadas tortuosidades
do erro, que a interpretação dos Profetas e dos Apóstolos se faça seguindo a
pauta da interpretação católica. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 42.55pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Na
Igreja Católica deve-se ter maior cuidado para manter aquilo em que se crê em
todas as partes, sempre e por todos. Isto é verdadeira e propriamente católico,
segundo</span> <span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">a ideia de universalidade que se encerra na
mesma etimologia da palavra. Mas isto se conseguirá se nós seguirmos a
universalidade, a antiguidade e o consenso geral. Seguiremos a universalidade
se confessarmos como verdadeira e única fé a que a Igreja inteira professa em
todo o mundo; a antiguidade, se não nos separarmos de nenhuma forma dos
sentimentos que notoriamente proclamaram nossos santos predecessores e pais; o
consenso geral, por último, se, nesta mesma antiguidade, abraçarmos as
definições e as doutrinas de todos, ou de quase todos, os Bispos e Mestres.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn75" name="_ftnref75" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[75]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 42.55pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Para
o propósito deste estudo, deve ser determinado se Vicente de Lérins sustentava
o conceito de fonte única, ou de fonte-dupla de tradição. Ele abraça a
“Tradição I” ou a “Tradição II”?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Oberman nota que a visão de Vicente de
Lérins não permite uma tradição extra-escriturística. Vicente de Lérins não
rejeita a suficiência material da Escritura, apenas a suficiência formal.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn76" name="_ftnref76" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[76]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Ele argumenta que a Escritura deve ser interpretada pela Igreja porque os
hereges tem repetidamente promovido suas muitas falsas interpretações. Todavia,
“o único propósito da interpretação é a preservação: a fé uma vez declarada aos
apóstolos deve ser protegida das mudanças que surgem de sua perversão”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn77" name="_ftnref77" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[77]</span></span><!--[endif]--></span></a> Como
Florovsky nota,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 42.55pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A
tradição, segundo Vicente de Lérins, não era uma instância independente, nem
uma fonte complementar da fé. O entendimento eclesiástico não podia acrescentar
nada à Escritura. Mas foi apenas um meio de apurar e divulgar o verdadeiro
sentido da Escritura. A tradição de fato era a interpretação autentica da
Escritura. E nesse sentido, era co-extensiva com a Escritura. A tradição, na
verdade, era a Escritura corretamente interpretada. E para Vicente de Lérins, a
Escritura era o único, primeiro e último, cânon da verdade cristã.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn78" name="_ftnref78" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[78]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Nisto,
Vicente de Lérins estava sendo completamente consistente com o conceito de
tradição dos antigos Pais. Vicente não estabelece qualquer tradição oral
secreta como padrão apropriado de interpretação; ao contrário, ele descobre
esse padrão no consenso dos Pais. Ainda assim, é importante notar, como observa
Oberman, que “Vicente de Lérins não deseja que a interpretação da Igreja, a
qual se pode chamar de tradição exegética, torne-se uma segunda fonte ou tradição
a parte da Santa Escritura”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn79" name="_ftnref79" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[79]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Mesmo os mais piedosos pais “são, em princípio, <i>magistre probabilesi </i>[mestres dignos de aprovação], mestres cujos
enunciados são prováveis, mas que não se constituem em provas”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn80" name="_ftnref80" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[80]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Em Vicente de Lérins encontramos um dos
mais completos exames antigos do vexatório problema da autoridade. O padrão que
Vicente de Lérins apresenta pelo qual alguém pode distinguir a verdade do erro
é consistente com o conceito de fonte-única de tradição (Tradição I) encontrada
universalmente nos antigos Pais. Sua visão de uma tradição exegética
autoritativa é diretamente oposta a qualquer tipo de conceito de dupla-fonte de
tradição.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn81" name="_ftnref81" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[81]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> A
AUTORIDADE DOS PAIS, DOS CREDOS E DOS CONCÍLIOS<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A atitude patrística para com a
autoridade dos concílios, dos credos e de seus predecessores também conta neste
debate. A discussão de Irineu e Tertuliano ilustra a importância da <i>regula fidei</i> nas primeiras décadas da
história da Igreja. É importante notar a forma gradual pela os credos mais antigos
foram construídos sobre a regra de fé. Como explica F.F. Bruce,<b><o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 42.55pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Em
Irineu, Tertuliano e Orígenes encontramos esse sumário do conteúdo do ensinamento
dos apóstolos em três sessões relativas, respectivamente, a Deus Pai, ao Filho
e ao Espírito Santo. Isso é semelhante à confissão batismal primitiva das
igrejas gentílicas, que consistiam de uma resposta afirmativa à pergunta tripla
formulada mais ou menos assim: Crês em Deus Pai? E em Seu Filho Jesus Cristo? E
no Santo Espírito? A resposta a esta tripla pergunta forma o esqueleto no qual
foram construídos os antigos credos, dos quais o mais conhecido é o Credo Romano,
que foi ancestral daquilo que chamamos de Credo Apostólico. Mas mesmo o antigo
credo romano e, de uma forma muito mais acentuada, os credos das igrejas orientais
(culminando no Credo de Nicéia, que nós chamamos tradicionalmente de Credo
Niceno) ampliaram a resposta tripla original por meio de tais sumários da fé
como encontrados em Irineu, Tertuliano e Orígenes. Assim, mesmo se a confissão
batismal e a “regra de fé” fossem independentes na origem, eles vieram em
tempo, interpretar um ao outro, até que a partir do século IV em diante, os
credos ecumênicos substituíssem o apelo à regra de fé.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn82" name="_ftnref82" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[82]</span></span><!--[endif]--></span></a> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 42.55pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Os
credos foram essencialmente uma continuação da <i>regula fidei</i>, expressando as mesmas verdades de uma forma mais
completa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Nos primeiros três séculos da Igreja, os
concílios eram reuniões ocasionais mantidas para discutir e decidir assuntos
concernentes às muitas igrejas locais. Os antigos concílios foram considerados
mais como “eventos carismáticos” do que como instituições eclesiásticas.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn83" name="_ftnref83" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[83]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Os primeiros concílios nunca foram aceitos como válidos apesar da aparência de
regularidade formal. Que isso é verdade fica claro quando do percebemos que
muitos concílios foram dissolvidos.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn84" name="_ftnref84" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[84]</span></span><!--[endif]--></span></a> Nos
século IV e V ocorreram quatro concílios que obtiveram um lugar de proeminência
especial na Igreja e foram designados como “concílios ecumênicos”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn85" name="_ftnref85" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[85]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Estes concílios trataram de significantes questões trinitárias e cristológicas
que estavam causando divisões na Igreja. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Até a divisão entre igrejas orientais e
ocidentais, um concílio ecumênico era definido como um “sínodo cujos decretos
têm encontrado aceitação pela Igreja em todo o mundo”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn86" name="_ftnref86" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[86]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Sua aceitação na Igreja antiga é ilustrada pela forma com a qual alguns antigos
cristãos se referem à Igreja como “a Igreja dos quatro evangelhos e dos quatro
concílios”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn87" name="_ftnref87" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[87]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Seu propósito, contudo, não era suplantar a Escritura. Seu propósito era
defender a intepretação apostólica da Escritura conta os ataques dos heréticos.
Atanásio, por exemplo, escreveu a seguinte resposta a Ário chamando por outro
concílio após Nicéia: “em vão, então, correm eles com o pretexto de que
exigiram concílios por causa da fé; pois a escritura divina é suficiente sobre
todas as coisas”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn88" name="_ftnref88" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[88]</span></span><!--[endif]--></span></a> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Similarmente, descobrimos que o apelo
patrístico aos Pais mais antigos não é um apelo a autoridade igual ou maior que
a das Escrituras. Como Florovsky nos lembra, “deve-se ter em mente que o
principal, senão o único, manual de fé e doutrina na Igreja antiga foi,
precisamente, a Santa Escritura”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn89" name="_ftnref89" title=""><span class="MsoFootnoteReference">89 </span></a>O apelo aos Pais era feito a fim
de garantir fidelidade à adequada interpretação da escritura autoritativa. Como
J.N.D. Kelly observa, “a autoridade dos Pais consistia precisamente no fato de
que eles haviam exposto a real intenção dos escritores bíblicos de modo muito
fiel e completo”.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn90" name="_ftnref90" title=""><span class="MsoFootnoteReference">90</span></a> A
Escritura era a norma doutrinal dos Pais. A mais clara evidência disso está no
fato de que,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 42.55pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Quase
todo o esforço teológico dos Pais, fossem seus objetivos polêmicos ou
construtivos, foi despendido sobre o que equivalia à exposição da Bíblia. Mais
ainda, era em todo lugar dado como certo que para qualquer doutrina ganhar aceitação,
teria primeiro de estabelecer suas bases escriturísticas.<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftn91" name="_ftnref91" title=""><span class="MsoFootnoteReference">91</span></a> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt 42.45pt 4pt 42.55pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Esse
é o porquê dos Pais serem citados na Igreja antiga – porque eles eram
intérpretes fieis das Escrituras. Eles não eram citados como uma segunda fonte
de revelação ou uma segunda autoridade em pé de igualdade com as Escrituras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">SUMÁRIO<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Para os primeiros três séculos, encontramos um
consenso geral no quis diz respeito à autoridade. O Novo Testamento que foi a
“escripturização” da proclamação apostólica, juntamente com as “antigas
Escrituras”, foi a fonte de revelação e a norma doutrinal autoritativa. A
Escritura deveria ser interpretada pela Igreja e a Igreja dentro do contexto da
<i>regula fidei</i>. Se fosse tomada fora desse
contexto apostólico, seria inevitavelmente mal utilizada. No entanto, nem a
Igreja e nem a <i>regula fidei</i> foram
consideradas segundas fontes de revelação ou autoridades iguais, em pé de
igualdade com a Escritura. A Igreja era a intérprete e guardiã da Palavra de
Deus, e a <i>regula fidei</i> era um sumário
da pregação apostólica e do contexto hermenêutico da Palavra de Deus. Mas
apenas a Escritura era a Palavra de Deus. Em outras palavras, nos três
primeiros séculos, a Igreja sustentou o conceito de tradição definido por
Oberman como “Tradição I”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">No quarto século, as primeiras sugestões de um
conceito de dupla-fonte de tradição – que permitisse uma revelação autoritativa
extra-escriturística como a própria Escritura – começou a aparecer. Essa
posição da dupla-fonte, ou “Tradição II”, possivelmente está sugerida nos
escritos de Basílio e Agostinho. E conquanto seja incerto se realmente estes
Pais intentaram defender a “Tradição II”, é certo que esse entendimento da
tradição teria sido estranho aos Pais mais antigos. Sua sugestão nos escritos
de Agostinho, todavia, assegurou a ela o seu lugar no pensamento medieval.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Extraído do livro de Keith Mathison <i>The Shape of Sola Scriptura </i>(A Forma da Sola Scriptura), pp. 19-48</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 4pt -0.1pt 4pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> </span><span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 12pt; text-indent: 42.55pt;"> </span></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Veja Ellen Flessemann van Leer, <i>Tradicion and Scripture in Early Church</i>
(Assen, 1993); J.N.D. Kelly, <i>A Patrísitca</i>,
(Edições Vida Nova, 1994), 29-51; R.P.C. Hanson, <i>Tradition in Early Church</i>, (London, 1962); Heiko Oberman, <i>Dawn of the Reformation</i>, (Edinburgh
T&T Clark Ltd., 1986), 269-296; <i>The
Harvest of Medieval Theology</i>, (Cambridge: Harvard University Press, 1963);
Jaroslav Pelikan, <i>Obedient Rebels</i> (London:
SCM Press Ltd., 1964); F.F. Bruce, <i>Tradition:
Old and New</i> (Grand Rapids: Zondervan, 1970).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Cf. Oberman, <i>Dawn the Reformation</i>, 270<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Veja J.B. Lightfoot e J.R. Harmer <i>The Apostolic Fathers</i>, segunda edição,
Editado por Micheal W. Holmes (Grand Rapids: Baker Book Hause, 1989), 1-15.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"> </span></span><span style="font-family: "Garamond","serif";">J.N.D. Kelly, <i>A Patrística</i>, 33.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"> </span></span><span style="font-family: "Garamond","serif";">O termo <i>paradosis</i> (tradição) foi apenas raramente usado no período dos pais
apostólicos. Clemente, por exemplo, usa a frase “a gloriosa e santa regra de
nossa tradição” para descrever o depósito da fé (7:2). O verbo <i>paradidonai</i>, por outro lado, é bem mais
comum, mas mesmo ele não tinha, neste ponto da história, adquirido qualquer
significado técnico específico. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn6">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"> </span></span><span style="font-family: "Garamond","serif";">Albert C. Ouder, citado em Jaroslav
Pelikan, <i>Obedient Rebels</i>, 173.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn7">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Kelly, op.cit., 34-35.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn8">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref8" name="_ftn8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"> </span></span><span style="font-family: "Garamond","serif";">Geoffrey W. Bromiley, “The Church
Fathers and Holy Scripture”, em <i>Scripture
anf Truth</i>, ed. Por D.A. Carson e John D. Woodbridge, (Grand Rapids:
Zondervan Publishing House, 1938), 218-219.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn9">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref9" name="_ftn9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a>
<span style="font-family: "Garamond","serif";">Jaroslav Pelikan, <i>The Christian Tradition,</i> <i>vol. 1:The Emergence of the Catholic
Tradition</i>, (Chicago: The University of Chicago Press, 1971), 92. Cf. H.E.W.
Turner, <i>The Patterno f Christian Truth</i>,
(A.R. Mowbray & Co. Ltd., 1954), 310.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn10">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref10" name="_ftn10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Pode ser encontrado, por exemplo, no
livro III, 4, 2 de<i> Contra as Heresias</i>.
<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn11">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref11" name="_ftn11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span style="font-family: "Garamond","serif";">Bruce, op. Cit., 115-116.</span><o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn12">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref12" name="_ftn12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Oberman, op. Cit., 272. Veja também
Kelly <i>A patrística</i>, 38-39.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn13">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref13" name="_ftn13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> <i>Contra
as Heresias</i> III, 1,1. Cf. Kelly op. Cit., 38.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn14">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref14" name="_ftn14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Georges
Florovsky, <i>Bible, Church,
Tradition: An Eastern Ortodox View</i>, (Bucherver-triebsanstalt, 1987), 75.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn15">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref15" name="_ftn15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Ibid.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn16">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref16" name="_ftn16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[16]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Bruce, op. cit., 117-118. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn17">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref17" name="_ftn17" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[17]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Salvo indicação em contrário, todas as
citações patrísticas são extraídas dos 38 volumes da Edição Inglesa dos padres
da Igreja publicados pela Wm. B. Eerdmans e T&T Clark.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn18">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref18" name="_ftn18" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[18]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> É interessante notar que a doutrina da
perpétua virgindade de Maria, para a qual Roma alega tradição contínua e universal,
é explicitamente declarada por Clemente ser falsa neste capítulo.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn19">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref19" name="_ftn19" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[19]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Kelly, op. cit., 39.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn20">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref20" name="_ftn20" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[20]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Ibid.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn21">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref21" name="_ftn21" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[21]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";"> <i>Sobre a Carne de Cristo</i>, cap. VI.
Docetismo (do Grego <i>dokein</i>, significa
“pensar ou supor”) foi uma antiga heresia que negava a realidade da encarnação.
De acordo com os docetistas, o corpo humano de Cristo apenas “aparentava” ser
real.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn22">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref22" name="_ftn22" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[22]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Against Praxeas, cap. 29.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn23">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref23" name="_ftn23" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[23]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> <i>Against
Hermogenes</i>, cap. 22.</span><o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn24">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref24" name="_ftn24" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[24]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Oberman, op. cit., 274.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn25">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref25" name="_ftn25" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[25]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Eg., <i>On Prescriotion Against Heretics</i>, cap. 13; <i>Against Praxeas</i>, Cap. 2; <i>On
the Veiling of Virgins</i>, cap. Cap. 1<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn26">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref26" name="_ftn26" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[26]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> <i>Against
Praxeas</i>, cap.11.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn27">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref27" name="_ftn27" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[27]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> <i>On
Prescription Against Heretics</i>, cap.19.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn28">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref28" name="_ftn28" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[28]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> <i>Against
Noetus</i>, cap. 9.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn29">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref29" name="_ftn29" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[29]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Ibid., cap. 1.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn30">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref30" name="_ftn30" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[30]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> William La Due, <i>The Chair of Saint Peter: A History of the Papacy</i>, (Maryknoll:
Orbis Books, 1999), 33-39.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn31">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref31" name="_ftn31" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[31]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Epístola 73:1<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn32">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref32" name="_ftn32" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[32]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Epístola 73:2<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn33">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref33" name="_ftn33" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[33]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Epístola 73:3<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn34">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref34" name="_ftn34" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[34]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Epístola 73:8<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn35">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref35" name="_ftn35" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[35]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Epístola 73:9<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn36">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref36" name="_ftn36" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[36]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Epístola 74:6<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn37">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref37" name="_ftn37" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[37]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Ibid.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn38">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref38" name="_ftn38" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[38]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Para uma história dos eventos e debates
a respeito da controvérsia ariana e o Concílio de Nicéia, veja Leo Donald
Davies, <i>The First Seven Ecumenical
Councils (325-787): Their History and Theology</i>, (Collegeville, MN: The
Liturgical Press, 1983), 33-80; cf. Kelly op. cit., 280-309.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn39">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref39" name="_ftn39" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[39]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> <i>Against
the Heathen</i>, 1:3<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn40">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref40" name="_ftn40" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[40]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> <i>To
the Bishop of Egypts</i>, 1:4.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn41">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref41" name="_ftn41" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[41]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> <i>De
Synodis</i>, I, 1,6<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn42">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref42" name="_ftn42" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[42]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Florovsky, op. cit., 82-83.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn43">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref43" name="_ftn43" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[43]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> <i>Ad
Adelphium</i>, 6.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn44">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref44" name="_ftn44" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[44]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Florovsky, 83<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn45">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref45" name="_ftn45" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[45]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> <i>On
the Council</i>, 29-30.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn46">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref46" name="_ftn46" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[46]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> <i>On
the Trinity</i>, IV:14<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn47">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref47" name="_ftn47" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[47]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> <i>Catequetical
Lectures</i>, IV:17.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn48">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref48" name="_ftn48" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[48]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Citado por Florovsky, 80.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn49">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref49" name="_ftn49" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[49]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Heiko Oberman, <i>The Dawn of the Reformation</i> (Edinburgh: T&T Clark Ltd., 1986),
276. Cf. também Oberman, <i>The Harvest of
Medieval Theology</i> (Cambridge: Harvard University Press, 1963), 361-393.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn50">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref50" name="_ftn50" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[50]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Ibid., 280. Por conta do valor da tese
de Oberman e porque ela tem sido construída sobre estudos históricos, este
estudo continuará a usar essa terminologia.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn51">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref51" name="_ftn51" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[51]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Oberman, <i>Haverst of Medieval Theology</i>, 369.<i> <o:p></o:p></i></span></div>
</div>
<div id="ftn52">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref52" name="_ftn52" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[52]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> <i>On
the Holy Spirit</i>, 62.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn53">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref53" name="_ftn53" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[53]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Florovsky, op. cit., 86-87</span><o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn54">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref54" name="_ftn54" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[54]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Ibid., 87.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn55">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref55" name="_ftn55" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[55]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Ibid., 87-88.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn56">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref56" name="_ftn56" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[56]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Ibid., 88-89<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn57">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref57" name="_ftn57" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[57]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> <i>Letters</i>,
189:3<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn58">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref58" name="_ftn58" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[58]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> <i>On
the Soul and The Ressurrection</i>. Não há divisões de capítulos ou livros na
edição inglesa da Eerdmans deste texto. Veja, Philip Schaff e Henry Wace, eds. <i>The Nicene and Post Nicene Fathers</i>,
Second Series, Vol. V, 439.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn59">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref59" name="_ftn59" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[59]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Citado em Kelly, op. cit., p.45.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn60">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref60" name="_ftn60" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[60]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> <i>Against
Eunomius</i>, II:1. Ênfases minhas.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn61">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref61" name="_ftn61" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[61]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> <i>Homilias
em II Timóteo</i>, IX<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn62">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref62" name="_ftn62" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[62]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> <i>Homilias
on II Corinthians</i>, XII<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn63">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref63" name="_ftn63" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[63]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> <i>Homilias
sobre II Tessalonicenses</i>, IV.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn64">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref64" name="_ftn64" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[64]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> <i>Sobre
o Bem da Viuvez</i>, 2<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn65">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref65" name="_ftn65" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[65]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> <i>A
Unidade da Igreja</i>, 3. Citado em Martin Chamnitz, <i>Um Exame do Concílio de Trento</i>, Vol. I, (St. Louis: Concordia
Publish House, 1971), 157.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn66">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref66" name="_ftn66" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[66]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> <i>Sobre
o Credo: Um Sermão ao Catecúmenos</i>, I.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn67">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref67" name="_ftn67" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[67]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> <i>On
the Baptism, Against the Donatists</i>, IV:24.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn68">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref68" name="_ftn68" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[68]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Ibid., V: 23<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn69">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref69" name="_ftn69" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[69]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> <i>Against
the Epistle of Manichaeus</i>, cap. 5<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn70">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref70" name="_ftn70" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[70]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Oberman, <i>The Dawn of the Reformation</i>, 278.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn71">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref71" name="_ftn71" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[71]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Heiko Oberman, <i>Forerunners of the Reformation</i>, (Londres: Lutterworth Press, 1967),
56.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn72">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref72" name="_ftn72" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[72]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Florovsky, op. cit., 92.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn73">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref73" name="_ftn73" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[73]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Pelikan, op. cit., 293.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn74">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref74" name="_ftn74" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[74]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Comunitório, I.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn75">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref75" name="_ftn75" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[75]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Ibid., II.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn76">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref76" name="_ftn76" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[76]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Oberman, <i>The Dawn of the Reformation</i>, 279.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn77">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref77" name="_ftn77" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[77]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Ibid., 279.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn78">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref78" name="_ftn78" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[78]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Florovsky, op. cit., 74-75.</span><o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn79">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref79" name="_ftn79" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[79]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Oberman, op. cit., 280.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn80">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref80" name="_ftn80" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[80]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Ibid. Cf. <i>Comunitório</i>, III.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn81">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref81" name="_ftn81" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Andalus","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[81]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Andalus","serif";"> Ibid.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn82">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref82" name="_ftn82" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[82]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> F.F. Bruce, op. cit., 115-116.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn83">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref83" name="_ftn83" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[83]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Florovsky, op. cit., 96.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn84">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref84" name="_ftn84" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[84]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Ibid.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn85">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref85" name="_ftn85" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[85]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Nicéia, em 325 d.C.; Constantinopla em
381 d.C.; Eféso em 431 d.C.; e Calcedônia em 451 d.C. Para um bom sumário da
história dos concílios ecumênicos, veja Leo Donald Davis, op.cit.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn86">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref86" name="_ftn86" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[86]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Henry R. Percival, <i>The Seven Ecumenical Councils of the Undivided Church</i>, Vol. XIV de <i>A Select Library of Nicene and Post-Nicene
Fatheres of the Christian Church</i>, Second Series, Philip Schaff & Henry
Wace, eds. (Grand Rapids: Wm. Eerdmans Publishing Co., 1997), xi. Desde o
cisma, Roma tem reformulado a definição do que seja um concílio ecumênico para
enfatizar o papel do Bispo de Roma. Cf. Leo Davis, op. cit., 323.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn87">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref87" name="_ftn87" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[87]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Pelikan, op. cit., 335.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn88">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref88" name="_ftn88" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[88]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> <i>De
Synods</i>, I, i, 6. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn89">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref89" name="_ftn89" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";">89</span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";">
Florovsky, op. cit., 102.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn90">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref90" name="_ftn90" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";">90</span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";">
Kelly, op. cit., 49.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn91">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/Estudos%20Pessoais%20-%20Fabiano/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Tradu%C3%A7%C3%A3o/The%20Shape%20of%20Sola%20Scriptura%20-%20Cap%C3%ADtulo%201;%20Na%20Igreja%20Antiga.docx#_ftnref91" name="_ftn91" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Garamond","serif";">91</span></span></a><span style="font-family: "Garamond","serif";"> Ibid., 46. Kelly ilustra isso apontando
a dificuldade a qual enfrentava aqueles que defendiam termos teológicos novos
como <i>homousios</i>. A objeção que era
vigorosamente levantada tanto na ortodoxia quanto em círculos heréticos dava-se
que estes termos não eram encontrados na Bíblia. A oposição foi finalmente
superada somente quando eles estiveram aptos a demonstrar que, mesmo se os
termos não fossem encontrados na Bíblia, o significado destes termos era o
significado da Bíblia.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13084987825337135010noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7745136589550561232.post-19159513854578796392015-08-10T06:29:00.004-07:002015-08-10T07:49:10.080-07:00A Eucaristia<div class="MsoNormal" style="background-color: #fafafa; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13px; margin: 3pt 0cm; text-align: justify;">
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 3pt 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 3pt 0cm; text-align: center;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Garamond, serif; font-size: 12pt;">Por William Webster<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 3pt 0cm; text-align: center;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Garamond, serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #fafafa; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13px; margin: 3pt 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">A doutrina católica romana da eucaristia recebeu sua primeira expressão dogmática no IV Concílio de Latrão em 1215, quando a Igreja formalmente adotou a doutrina da transubstanciação como seu ensino oficial. Isso foi confirmado pelo Concílio de Trento, que também asseverou que a Ceia do Senhor era um sacrifício propiciatório pelo pecado. Esses são os dois primários e mais importantes elementos do ensino da Igreja sobre a eucaristia – transubstanciação e sacrifício.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #fafafa; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13px; margin: 3pt 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #fafafa; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13px; margin: 3pt 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #fafafa; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13px; margin: 3pt 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">A Igreja Católica Romana ensina que quando o sacerdote profere as palavras da consagração, o pão e o vinho são literalmente transformados no corpo e no sangue de Cristo. Ele é então oferecido a Deus no altar como um sacrifício propiciatório pelo pecado. O Concílio de Trento explicitamente declara que “n</span><span style="line-height: 14.9499998092651px;">este divino sacrifício, que se realiza na Missa, está contido e imola-se incruentamente aquele mesmo Cristo, que no altar da cruz uma vez se ofereceu a si mesmo cruentamente...</span>”. Existem assim dois aspectos nesta doutrina romana: <i>transubstanciação</i>, que garante a “presença real” de Cristo; e a <i>missa</i>, na qual Cristo, assim presente corporalmente, é novamente oferecido a Deus como um sacrifício. Esta, contudo, não é a única visão que foi expressa de uma forma consistente ao longo da história da Igreja. Desde os primórdios da Igreja, os Padres geralmente expressavam a sua crença na presença real na eucaristia, na qual eles identificavam os elementos com o corpo e o sangue de Cristo, e também referiam-se à eucaristia como um sacrifício. Porém, havia uma considerável diferença de opinião entre os Padres sobre a precisa natureza destas coisas, refletida no fato de que a Igreja antiga não produziu nenhum dogma oficial sobre a Ceia do Senhor. A interpretação do significado da eucaristia nos escritos dos Padres da Igreja deve ser feita com muita cautela, pois é muito fácil tomar uma teologia preconcebida da eucaristia e lê-la nos seus [dos padres] comentários e ensinamentos.<br />
<br />
O que eu acredito que uma análise objetiva revelará é que as visões dos Padres são bem consistentes com as diferentes visões representadas pela Igreja Católica Romana <i>e</i> aquelas dos Reformadores Protestantes. Alguns dos Padres ensinaram que os elementos são símbolos do corpo e do sangue de Cristo e que a sua presença é espiritual, enquanto outros sustentavam que os elementos eram transformados no corpo e no sangue de Cristo e que a sua presença é física <span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[1]</span>.</b></span></span></span>Os seguintes exemplos dos escritos dos Padres da Igreja dos primeiros quatro séculos revelam esta diversidade de opinião.<br />
<span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">A <i>Didaquê</i> ou <i>Ensinamento dos Doze Apóstolos</i>, como é chamada algumas vezes, está incluída na coleção de obras conhecida como os “Padres Apostólicos” e é um dos documentos mais antigos que possuímos da era pós-apostólica. Ela é um antigo manual de disciplina da Igreja datado entre o fim do século I e o ano 140 d.C., e ela simplesmente refere-se à Ceia do Senhor como comida e bebida espiritual. Não há indicação de que os elementos sejam transformados de alguma forma. Inácio de Antioquia (martirizado em cerca de 110 d.C.), por outro lado, fala da eucaristia como o corpo e o sangue de Cristo que comunicam vida eterna. Justino Mártir (100/110-165 d.C.) refere-se aos elementos eucarísticos como sendo mais do que pão e vinho comuns <span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[2]</span>,</b></span></span></span> os quais quando são consagrados tornam-se o corpo e sangue de Jesus; todavia em seu <i>Diálogo com Trifão</i>, ele escreveu que os elementos eram pão e vinho, os quais foram instituídos por Cristo como um memorial e </span>uma recordação de seu corpo e sangue <span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[3]</span>.</b></span></span></span> Portanto, enquanto ele fala de uma mudança nos elementos, parece que em sua concepção, os elementos ainda permanecem, em essência, pão e vinho. Assim como Justino, Ireneu de Lyon (140-202 d.C.) claramente cria que o pão e o vinho tornavam-se o corpo e sangue de Jesus na consagração <span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[4]</span>,</b></span></span></span> mas ele também afirmou que os elementos eram compostos de duas realidades – uma terrena e outra celestial, ou espiritual <span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[5]</span>.</b></span></span></span> Ele deu a entender que na consagração, embora os elementos já não sejam mais pão e vinho comuns, eles não perdem a sua natureza de pão e vinho.<br />
<br />
Tertuliano (155/160-240/250 d.C.) falou do pão e do vinho da eucaristia como símbolos ou figuras que representam o corpo e o sangue de Cristo. Ele especificamente declarou que esses elementos não eram o corpo e o sangue literais do Senhor. Quando Cristo disse: “Isto é o meu corpo”, Tertuliano sustentava que ele estava falando figurativamente e que consagrou o vinho “em memória de seu sangue” (<i>Contra Marcião</i> 3.19). Alguns teólogos têm alegado que o uso antigo das palavras “figura” e “representam” sugeriam que os símbolos de uma forma misteriosa tornavam-se o que simbolizavam. Mas Tertuliano usa a palavra “representam” diversas vezes em outros lugares onde ela possui um significado figurativo. Por exemplo, em <i>Contra Marcião</i> 4.40 ele diz: “Ele representa a condição de sangramento de sua carne sob a metáfora de vestes tingidas de vermelho”. Sua interpretação de João 6 similarmente indica que quando ele fala do pão e do vinho como figuras e símbolos do corpo e sangue de Cristo, é exatamente isso o que ele quer dizer <span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[6]</span>.</b></span></span></span>Ele diz que Cristo falou em termos espirituais quando se referiu a “comer de sua carne” e “beber de seu sangue” e não quis que isso fosse entendido de forma literal. Ele sustentava que comer da carne de Cristo e beber de seu sangue significava apropriar-se dele pela fé: “Ele igualmente chamou sua carne pelo mesmo apelido; uma vez que, também, o Verbo se fez carne, devemos, portanto, desejá-Lo a fim de que possamos ter vida, e devorá-Lo com os ouvidos, e ruminar sobre Ele com o entendimento, e digeri-Lo pela fé” <span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[7]</span>.</b></span></span></span> Claramente ele não ensinou o conceito de transubstanciação.<br />
<br />
Clemente de Alexandria (150-211/216 d.C.) também chamou o pão e o vinho de símbolos do corpo e sangue de Cristo e ensinou que o comungante recebia não a vida física, mas a vida espiritual de Cristo <span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[8]</span>.</b></span></span></span> Orígenes (185-253/254 d.C.), igualmente, fala em termos distintivamente alegóricos e espirituais quando se refere à eucaristia.<br />
<br />
Eusébio de Cesareia (263-340 d.C.) identificou os elementos com o corpo e sangue de Cristo mas, à semelhança de Tertuliano, via os elementos como sendo simbólicos ou representativos de realidades espirituais <span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[9]</span>.</b></span></span></span> Ele especificamente afirma que o pão e o vinho são símbolos do corpo e sangue do Senhor e que as palavras de Cristo em João 6 devem ser entendidas espiritualmente e figurativamente em oposição a um sentido físico e literal.</div>
<div style="background-color: #fafafa; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13px;">
<div id="ftn1">
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt 0cm; text-align: justify;">
Com o passar do tempo, descrições mais claras da eucaristia como a transformação dos elementos no corpo e sangue literais de Cristo emergiram nos escritos de Padres como Cirilo de Jerusalém, Gregório de Nissa, Gregório Nazianzeno, Crisóstomo e Ambrósio. Gregório de Nissa, por exemplo, ensinou que a eucaristia era a perpetuação da encarnação e similarmente Cirilo de Jerusalém adotou uma abordagem altamente literal:<br />
<br />
“Uma vez, então, que ele próprio declarou e disse do Pão: “Isto é o meu corpo”, quem ainda ousará duvidar? E uma vez que Ele afirmou e disse: “Isto é o meu sangue”, quem hesitará, dizendo, que isto não é o Seu sangue? Ele, certa vez, transformou água em vinho, em Caná da Galileia, por sua própria vontade, seria então inacreditável que transformasse vinho em sangue?... Então, tendo nos santificado por estes Hinos espirituais, clamamos a Deus misericordioso que envie o seu Santo Espírito sobre os dons dispostos diante d`Ele; que Ele possa tornar o pão o Corpo de Cristo, e o vinho o Sangue de Cristo; pois tudo o que o Espírito Santo toca, é santificado e transformado” <b><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><span style="color: blue;">[10]</span>.</span></span></span><span style="color: blue;"> </span></b><br />
<span style="text-indent: 35.4pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.4pt;">Ao mesmo tempo, havia uma representação contínua por muitos Padres dos elementos eucarísticos como figuras ou símbolos do corpo e sangue do Senhor, embora também acreditassem que o Senhor estava espiritualmente presente no sacramento. O Papa Gelásio I (492-496 d. C.), por exemplo, acreditava que o pão e o vinho, em substância, durante a consagração, não cessava de ser pão e vinho </span><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[11]</span>,</b></span></span></span><span style="text-indent: 35.4pt;"> uma visão compartilhada por Eusébio, Teodoreto, Serapião, Jerônimo, Atanásio, Ambrosiastro, Macanus do Egito, e Eustácio de Antioquia </span><span class="MsoFootnoteReference" style="text-indent: 35.4pt;"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[12]</span>.</b></span></span></span><br />
<span style="text-indent: 35.4pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.4pt;">Contudo, o grande teólogo que forneceu a mais exaustiva e influente defesa da interpretação simbólica da Ceia do Senhor foi Agostinho </span><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[13]</span>.</b></span></span></span><span style="text-indent: 35.4pt;"> Ele deu instruções e princípios muito claros para determinar quando uma passagem da Escritura deve ser interpretada literalmente ou figurativamente. As passagens da Escritura devem sempre ser interpretadas à luz da inteira revelação da Escritura, concluiu ele, e usou João 6 como um exemplo específico de uma passagem que deveria ser interpretada figurativamente </span><span class="MsoFootnoteReference" style="text-indent: 35.4pt;"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[14]</span>.</b></span></span></span><br />
<span style="text-indent: 35.4pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.4pt;">Agostinho argumentava que os sacramentos, incluindo a eucaristia, são sinais e figuras que representam ou simbolizam realidades espirituais. Ele fez uma distinção entre o corpo físico e histórico de Cristo e a presença sacramental, sustentando que o corpo físico de Cristo não pode literalmente estar presente no sacramento da Eucaristia porque ele está fisicamente à direita de Deus no céu, e lá estará até que venha novamente. Mas Cristo está espiritualmente com o seu povo </span><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[15]</span>.</b></span></span></span><span style="text-indent: 35.4pt;"> Agostinho via a eucaristia em termos espirituais e interpretou o verdadeiro significado de comer e beber como sendo um ato de fé: “Acreditar nele é comer o pão vivo. Aquele que crê, come; ele está saciado invisivelmente, porque invisivelmente ele nasceu de novo” </span><span class="MsoFootnoteReference" style="text-indent: 35.4pt;"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[16]</span>.</b></span></span></span><br />
<span style="text-indent: 35.4pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.4pt;">Estas ideias de Agostinho estão obviamente em oposição àquelas do concílio de Trento. De fato, ensinamentos tais como os dele sobre a eucaristia foram anatematizados por esse concílio. Isso realça mais uma vez a falta de consenso patrístico sobre o ensino desta importante doutrina da Igreja Católica Romana. A ideia da transformação dos elementos no corpo e sangue literais de Cristo por fim triunfou dentro da Igreja, mas não sem consistente oposição. Houve duas grandes controvérsias nos séculos IX e XI entre as visões literais e mais espiritualistas e mesmo no período Escolástico houve muitos teólogos proeminentes que rejeitavam a doutrina da transubstanciação </span><span class="MsoFootnoteReference" style="text-indent: 35.4pt;"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[17]</span>.</b></span></span></span><br />
<span style="text-indent: 35.4pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.4pt;">Numa tentativa de dar a impressão de que houve um consenso unânime ao longo da história da Igreja para a interpretação católica romana da eucaristia, Karl Keating faz a seguinte declaração:</span><br />
<span style="text-indent: -0.05pt;"><br /></span><span style="text-indent: -0.05pt;">“Seja o que for que se diga, é certo que a igreja primitiva tomava João 6 e as palavras da última ceia literalmente. Não há nenhum registro nos primeiros séculos de qualquer cristão duvidando da interpretação católica. Não existe nenhum documento no qual a interpretação literal seja rejeitada e a metafórica aceite” </span><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[18]</span>.</b></span></span></span><br />
<span style="text-indent: 35.4pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.4pt;">À luz dos fatos apresentados acima, podemos ver que tal alegação é errônea. A verdade dos fatos é que os pontos de vista da Igreja antiga sobre o significado da eucaristia e a sua relação com a pessoa de Cristo são muito similares àqueles que encontramos hoje e nos dias da Reforma quando se compara os diferentes pontos de vista Protestantes e Católico Romano.</span><br />
<span style="text-indent: 35.4pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.4pt;">Há a visão literal da transubstanciação que poderia ser expressa por Crisóstomo; a visão Luterana da consubstanciação que poderia ser atribuída a Ireneu ou Justino Mártir; a visão espiritual de Calvino, que está estreitamente alinhada com Agostinho; e a visão estritamente simbólica de Zwinglio, que é similar à que foi expressa por Eusébio.</span><br />
<span style="text-indent: 35.4pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.4pt;">Uma similar falta de consenso existiu sobre outras características importantes da posição Católica Romana sobre a eucaristia – que este sacramento é em si mesmo um sacrifício propiciatório. De acordo com este ensino, na missa, Cristo está presente fisicamente através da consagração sacerdotal e ele torna-se então a vítima divina que é imolada sobre o altar. A palavra “imolar” especificamente significa “massacrar” ou “matar” e este sacrifício é eficaz como um pagamento pelo pecado para satisfazer a justiça de Deus.</span><br />
<span style="text-indent: 35.4pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.4pt;">Nos dias atuais, há alguns escritores católicos romanos que negam que a Igreja Católica Romana ensine que a missa é o re-sacrifício de Cristo, mas as palavras do Concílio de Trento são bem claras quanto ao seu significado:</span><br />
<span style="text-indent: 35.4pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.4pt;">“E como neste divino sacrifício, que se realiza na Missa, se encerra e é imolado incruentamente aquele mesmo Cristo que uma só vez cruentamente no altar da cruz se ofereceu a si mesmo... Pois uma e mesma é a vítima: e aquele que agora oferece pelo ministério dos sacerdotes é o mesmo que, outrora, se ofereceu na Cruz, divergindo, apenas, o modo de oferecer... Se alguém disser que o sacrifício da Missa é somente de louvor e ação de graças, ou mera comemoração do sacrifício consumado na cruz, mas que não é propiciatório... e que não se deve oferecer pelos vivos e defuntos, pelos pecados, penas, satisfações e outras necessidades — seja anátema” </span><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[19]</span>.</b></span></span></span><br />
<br />
Trento ensina que assim como Cristo foi a vítima divina e foi oferecido e imolado sobre a cruz como um sacrifício propiciatório pelo pecado, assim também na missa, que é um sacrifício distinto por direito próprio, ele é referido como a vítima divina que é novamente oferecida e imolada como um sacrifício propiciatório, <i>assim como ele foi imolado na cruz</i>. A única diferença, de acordo com Trento, entre o sacrifício da missa e o sacrifício da cruz é que um é cruento e o outro incruento.<br />
<br />
Há aqueles que se opõem à acusação de que o que Trento entende por imolação se refere a um assassinato renovado de Cristo. Historicamente, a palavra imolar foi usada pelos Padres e teólogos da Igreja para se referir à Eucaristia como uma comemoração do sacrifício de Cristo feito uma vez por todas. Agostinho usou a palavra neste sentido e a sua definição tornou-se normativa nos séculos seguintes <span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[20]</span>.</b></span></span></span> Por exemplo, Pedro Lombardo, no século XII, em suas <i>Sentenças</i>expressou a visão agostiniana dessa forma:<br />
<br />
Podemos brevemente replicar que o que é oferecido e consagrado pelo sacerdote é chamado de um sacrifício e uma imolação porque é um memorial e uma representação do verdadeiro sacrifício e santa imolação efetuada sobre o altar da cruz. Cristo morreu uma vez, sobre a cruz, e lá ele foi imolado em sua própria pessoa; e agora todos os dias ele é imolado sacramentalmente, porque no sacramento há uma evocação do que foi feito uma única vez <span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[21]</span>.</b></span></span></span><br />
<br />
O significado do termo como é expresso aqui é estritamente o de uma comemoração sacramental, não era literal. No entanto, o uso que Trento fez do termo acrescentou uma nova dimensão de significado à palavra que difere daquela de Agostinho, pois ele não via Cristo como estando fisicamente presente no sacramento, nem a eucaristia como um sacrifício propiciatório pelo pecado. Agostinho certamente não ensinou que o sacrifício da eucaristia era o mesmo que o sacrifício do Calvário.<br />
<br />
Mas na teologia Romana a eucaristia não é meramente a comemoração de um sacrifício, mas é, em si mesma, um sacrifício igual ao do Calvário, e a imolação é literal. Na missa Cristo está literal e fisicamente presente no altar. Ele é tido como uma vítima e é literalmente oferecido e sacrificado da mesma maneira como foi oferecido e sacrificado na cruz como uma expiação e satisfação pelo pecado. Parece justo concluir que o Concílio de Trento utilizou <i>immolare</i> para referir-se à oferta de uma vítima em sacrifício a Deus, especificamente à morte, uma vez que essa é a forma como Cristo foi oferecido na cruz. O ensino de Trento sobre a natureza da missa é que ela é uma repetição do sacrifício de Cristo porque ele é oferecido novamente como uma propiciação pelo pecado.<br />
<span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">Enquanto o significado exato do termo <i>immolare </i>como empregado por Trento pode ser disputado, não há ambiguidade sobre o fato de que o Concílio ensina que a missa é um sacrifício propiciatório pelo pecado. Foi neste ponto que os Reformadores universalmente desafiaram o ensino Romano. Eles argumentavam que se a missa era verdadeiramente um sacrifício propiciatório então Cristo deveria morrer, mas isso contradiz a clara afirmação da Escritura de que Cristo morreu de uma vez por todas e não pode morrer novamente. E, por outro lado, se Roma ensina que Cristo não morre, seu ensino de que a missa é propiciatória pelo pecado é falso, pois não é um verdadeiro sacrifício. O Vaticano II diz que a missa foi instituída com o propósito de perpetuar o sacrifício de Cristo através dos tempos. Mas </span><span style="text-indent: 35.45pt;">se a sua morte foi </span><i style="text-indent: 35.45pt;">de uma vez por todas</i><span style="text-indent: 35.45pt;"> não pode ser perpetuada através dos tempos. Cristo não pode morrer novamente. A propiciação foi consumada no Calvário.</span><br />
<br />
A natureza propiciatória da eucaristia é o ensino oficial da Igreja Católica Romana e esta alega que a sua interpretação e prática é o cumprimento da profecia de Malaquias 1.11 que um sacrifício puro e incruento seria oferecido em todo o mundo, o qual seria agradável a Deus. Uma vez mais, contudo, encontramos esta interpretação disputada pela vasta maioria dos Padres na Igreja primitiva. A Igreja Católica Romana quer nos fazer crer que o seu ensino particular do sacrifício eucarístico foi a visão universal sustentada na Igreja desde os seus primórdios. Mas, tal como acontece com o ensino sobre a Presença Real, há uma situação historicamente paralela com o conceito da eucaristia como um sacrifício. Alguns dos Padres aproximam-se da interpretação católica romana, mas a maioria não. Seus escritos revelam que eles viam a Ceia do Senhor como um memorial de ação de graças e louvor em comemoração ou recordação do sacrifício expiatório de Cristo feito de uma vez por todas, e não como um sacrifício propiciatório pelo pecado. Eles se referiram à profecia de Malaquias e ensinaram que a eucaristia era na verdade um cumprimento parcial desta profecia, e até mesmo se referiram a ela como um sacrifício, mas eles não interpretaram isso da mesma forma que a Igreja de Roma fez. Tal como ao termo “tradição”, a Igreja Romana deu à palavra “sacrifício” um certo conteúdo e significado e o aplicou ao antigo uso da palavra pela Igreja primitiva. O fato de os Padres usarem o termo “sacrifício” para se referir à eucaristia não quer dizer que eles aceitassem o significado dado pela Igreja Romana a esta palavra, como uma breve pesquisa nos escritos dos padres revela.<br />
<br />
A <i>Didaquê</i> parece referir-se à eucaristia como o sacrifício do <i>crente</i>, refletindo a ideia de auto-entrega ao Senhor através do oferecimento de louvores e ações de graças pela obra consumada de Jesus Cristo. Não há menção dela como sendo um sacrifício propiciatório. Apologistas romanos frequentemente apelam para Clemente de Roma como um apoio para a sua interpretação sacrificial da eucaristia, mas isso é feito como resultado de um erro de tradução. Keating, por exemplo, apresenta uma tradução de 1 Clemente 44, onde Clemente menciona aqueles “do episcopado que irrepreensível e santamente ofereceram os seus Sacrifícios” <span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[22]</span>.</b></span></span></span> O problema com essa tradução é que Clemente não usa a palavra “sacrifícios” em sua carta original, mas antes a palavra “dons”. Assim, o apelo a Clemente de Roma é vazio.<br />
<br />
Justino Mártir acreditava que a eucaristia era um sacrifício espiritual de louvor e ação de graças que comemorava a morte de Cristo por uma Igreja que agora contava Gentios entre os seus membros <span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[23]</span>.</b></span></span></span> Ireneu também se refere à profecia de Malaquias e caracteriza a eucaristia como uma ação de graças oferecida a Deus. Ele sustentava que o sacrifício real pretendido dentro dela eram as orações de crentes verdadeiros, que vinham de corações puros totalmente rendidos a Deus e incontaminados pelo pecado <span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[24]</span>.</b> </span></span></span>Similarmente, Tertuliano argumentava que os verdadeiros sacrifícios oferecidos a Deus não eram de natureza carnal ou física, mas o sacrifício espiritual de um coração quebrantado e contrito diante de Deus <span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[25]</span>.</b></span></span></span> Orígenes e Clemente de Alexandria sublinharam este mesmo tema: que o significado real do sacrifício eucarístico era um memorial ou comemoração do sacrifício de Cristo que exigiu a auto-entrega da alma a Deus. Era um sacrifício porque envolvia as orações e louvores do povo de Deus; a auto-entrega deles mesmos a Deus de corações contritos e quebrantados; e a doação de ofertas materiais aos pobres. Não há absolutamente nenhuma menção da eucaristia como o sacrifício literal e renovado de Cristo como uma oferta propiciatória pelo pecado.<br />
<span style="text-indent: 35.4pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.4pt;">Eusébio também afirma explicitamente que o cumprimento da profecia de Malaquias de um sacrifício puro e incruento se encontra nas orações e ações de graças dos verdadeiros cristãos de corações contritos em todo o mundo </span><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[26]</span>.</b></span></span></span><br />
<span style="text-indent: 35.4pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.4pt;">Mas o mais influente defensor deste ponto de vista foi, mais uma vez, Agostinho </span><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[27]</span>.</b></span></span></span><span style="text-indent: 35.4pt;"> Ele foi inequívoco na sua crença de que a Ceia do Senhor era um sacrifício de louvor e ação de graças, uma comemoração da paixão de Cristo. A eucaristia é simplesmente uma forma sacramental de relembrar o sacrifício de Cristo feito de uma vez por todas. O sacramento é chamado um sacrifício apenas porque é identificado com o Calvário como um memorial ou comemoração desse sacrifício único </span><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[28]</span>.</b></span></span></span><span style="text-indent: 35.4pt;"> Não era Cristo que era oferecido neste memorial mas a Igreja, que se oferecia a si mesma a Deus através de Cristo como um sacrifício vivo de um coração contrito e quebrantado. Ele também via isto como o cumprimento da profecia de Malaquias </span><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[29]</span>.</b></span></span></span><br />
<span style="text-indent: 35.4pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.4pt;">Embora a Igreja primitiva geralmente visse a eucaristia em termos espirituais, começou a emergir o conceito de um sacrifício literal na eucaristia. Quase todos os historiadores concordam que essa mudança começou a ocorrer no século III com Cipriano, bispo do Norte da África e mártir. A Igreja nesta época estava derivando da confiança na graça de Deus em Jesus Cristo para uma teologia que incluía o conceito de obras humanas para ganhar mérito diante de Deus e para expiar pecados através de penitências, ascetismo e boas obras. Assim, a eucaristia como um sacrifício começou também a ser vista, por alguns, como um meio de propiciar Deus pelos pecados cometidos depois do batismo. Homens começaram a ver o sacerdote e ministério cristão como sendo paralelo ao sacerdócio e ministério do Antigo Testamento. E embora essa analogia tenha sido estabelecida por Padres mais antigos, eles sempre enfatizaram que os sacrifícios carnais do Judaísmo haviam sido substituídos pelos sacrifícios espirituais da Igreja com base no sacrifício completo de Cristo. Não havia mais sacrifícios pelo pecado. Mas a analogia começou a perder seu caráter estritamente espiritual. Juntamente com uma visão materialista dos elementos na eucaristia começou a desenvolver-se através de Cipriano, com sua visão da natureza sacerdotal do clero, o conceito da eucaristia como um sacrifício literal. Ele estabeleceu o seguinte axioma:</span><br />
<span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px; text-indent: 35.4pt;"><br /></span><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px; text-indent: 35.4pt;">Se Jesus Cristo, nosso Senhor e Deus, é o grande Sumo Sacerdote de Deus Pai, e primeiro se ofereceu a Si Mesmo em Sacrifício ao Pai, e ordenou que isto fosse feito em memória de Si mesmo, certamente o sacerdote age verdadeiramente em lugar de </span><span style="text-indent: -0.05pt;">Cristo, e imita aquilo que Cristo fez; e ele então oferece um Sacrifício verdadeiro e completo na Igreja a Deus Pai, quando ele começa a oferecê-lo de acordo como ele vê o próprio Cristo oferecê-lo </span><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[30]</span>.</b></span></span></span><br />
<span style="text-indent: 35.4pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.4pt;">Desta forma Cipriano alargou a interpretação tradicional da eucaristia para incluir o conceito de uma reconstituição sacramental do sacrifício original de Cristo. Em seu entender, a eucaristia era um sacrifício no sentido de que ela apresenta-se como um memorial do sacrifício original. Mas dadas as influências materializadoras na Igreja, não demorou muito tempo para que a visão da eucaristia como uma reconstituição sacramental do sacrifício de Cristo, em comemoração dele, fosse alargada à ideia de que Cristo era verdadeira e literalmente imolado sobre o altar. Crisóstomo, por exemplo, ensina que Cristo sofre fisicamente no sacrifício eucarístico:</span><br />
<span style="text-indent: -0.05pt;"><br /></span><span style="text-indent: -0.05pt;">O pão que nós partimos não é a comunhão do Corpo de Cristo?... Mas por que acrescenta ele também “que nós partimos?” Pois embora na eucaristia possa ver-se isto feito, todavia na cruz não é assim, mas muito pelo contrário, pois, “nenhum de seus ossos”, disse alguém, “será partido”. Mas aquilo que Ele não sofreu na cruz, isso sofre na oblação por causa de ti, e se sujeita a ser partido, para que satisfaça todos os homens </span><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[31]</span>.</b></span></span></span><br />
<span style="text-indent: 35.4pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.4pt;">O drama de um sacrifício tão “real” fomentou “visões” cada vez mais bizarras por toda a Igreja, que por sua vez foram usadas como prova da verdade da doutrina. Um exemplo claro deste fenômeno foi a defesa da visão materialista da eucaristia por Radbertus, um teólogo do século IX, pelo recurso a uma sucessão de “estórias maravilhosas de aparições visíveis do corpo e do sangue de Cristo para a remoção de dúvidas ou satisfação de desejos piedosos dos santos”. O pão sobre o altar, relata ele, era muitas vezes visto em forma de um cordeiro ou de uma criancinha, e quando o sacerdote estendia a sua mão para partir o pão, um anjo descia do céu com uma faca, abatia o cordeiro ou a criança, e deixava que o seu sangue escorresse para dentro de um cálice” </span><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[32]</span>.</b></span></span></span><br />
<span style="text-indent: 35.4pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.4pt;">No entanto, mesmo que a Igreja se estivesse inclinando cada vez mais para o conceito do sacrifício literal de Cristo na eucaristia, a antiga visão do memorial do sacrifício de Cristo articulada por Agostinho e pelos primitivos Padres da Igreja era ainda largamente sustentada. Durante os primeiros 1200 anos de vida da Igreja não houve unanimidade sobre a natureza da eucaristia.</span><br />
<span style="text-indent: 35.4pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.4pt;">O ponto de partida de ambas as interpretações (material e espiritual) da eucaristia era a Escritura. Apenas com uma análise detalhada do que a Escritura tem a dizer a respeito da natureza do sacrifício de Cristo, e como os crentes devem comemorar este sacrifício, poderemos chegar a um entendimento definitivo.</span><br />
<span style="text-indent: 35.45pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.45pt;">Há uma palavra grega importante que é usada para descrever tanto a morte como o sacrifício de Cristo: </span><i style="text-indent: 35.45pt;">ephapax</i><span style="text-indent: 35.45pt;">, que significa “de uma vez por todas”. Em Romanos 6:9-10, Paulo claramente afirma que Cristo não pode morrer novamente porque a sua morte foi </span><span style="text-indent: 47.2666664123535px;">“</span><span style="text-indent: 35.45pt;">de uma vez por todas”. O autor de Hebreus insiste que Cristo não pode ser sacrificado diariamente, pois o seu corpo foi oferecido “de uma vez por todas”, e que devido a este sacrifício feito de uma vez por todas ter trazido perdão completo do pecado, já não há qualquer exigência de uma oferta ou sacrifício pelo pecado </span><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[33]</span>.</b></span></span></span><span style="text-indent: 35.45pt;"> Todos aqueles sacrifícios de animais e o sacerdócio humano estipulados no Antigo Testamento, Cristo cumpriu. Consequentemente, Deus aboliu o sacerdócio e todos os sacrifícios.</span><br />
<span style="text-indent: 35.45pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.45pt;">Isto coloca a Igreja Católica Romana perante um dilema. A Escritura ensina que o corpo de Cristo e o seu sacrifício foi oferecido <i>uma única vez</i>. Roma ensina que o seu corpo e sacrifício é oferecido<i>uma e outra vez</i> na transubstanciação e repetição de cada missa. A Igreja tenta contornar este problema alegando que o sacrifício da missa não é um sacrifício diferente daquele do Calvário mas o mesmo sacrifício perpetuado através dos tempos. Porque Deus está além do tempo, o sacrifício da cruz está sempre presente com Ele e, portanto, o sacrifício da missa é o mesmo sacrifício que o do Calvário. Esta lógica é uma cortina de fumo semântica: o sacrifício da cruz foi um evento histórico, dado no tempo e espaço, que ocorreu uma única vez e não pode ser repetido. A aplicação do sacrifício do Senhor continua através dos tempos no sentido de que o Espírito Santo traz os homens a receber os benefícios de Sua obra consumada, e a comemoração de seu sacrifício continua através dos tempos, mas o sacrifício em si mesmo não pode ser perpetuado. Na verdade, o tema principal da carta aos Hebreus é que não há mais sacrifícios pelo pecado de qualquer tipo que seja.</span><br />
<span style="text-indent: 35.45pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.45pt;">A Escritura ensina que o Senhor Jesus Cristo não só fez uma expiação de uma vez por todas, como essa sua morte histórica na cruz é uma expiação completa. Ele satisfez completamente a justiça de Deus: a dívida devida ao pecado do homem foi totalmente paga e, portanto, todos aqueles que vêm a Deus através de Jesus Cristo estão completamente livres da condenação. Nenhuma outra expiação pelo pecado será necessária. A visão bíblica é que a purificação e o perdão do pecado são encontrados no sangue de Jesus Cristo somente, e nunca nas obras ou sofrimentos do homem, pois a lei exige a morte como castigo pelo pecado. A significância da referência ao sangue em relação à obra de Cristo é que ele significa a sua vida que foi entregue à morte em nosso lugar e como pagamento pelo nosso pecado. É porque uma expiação completa foi feita que um perdão completo pode ser oferecido:</span><br />
<span style="text-indent: 35.45pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.45pt;">... e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado (<i>1 João 1:7</i>).</span><br />
<br />
... no qual [Jesus] temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça... (<i>Efésios 1:7</i>).<br />
<span style="text-indent: 35.45pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.45pt;">A Escritura em lugar algum ensina que os homens devem sofrer castigos temporais pelos seus próprios pecados para prestar satisfação a Deus, seja nesta vida ou na vindoura. Todo castigo pelo pecado foi suportado por Cristo. É por essa razão que a Palavra de Deus declara que “agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (<i>Rm</i> 8.1). Deus certamente disciplina os crentes pelos seus pecados, mas isso não tem nada a ver com fazer propiciação ou expiação. Na disciplina de Seus filhos, a ação de Deus é curativa, não punitiva; flui de Seu amor, não de Sua ira (ver <i>Hb</i> 12:4-13).</span><br />
<span style="text-indent: 35.45pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.45pt;">A Escritura fala de um sacrifício eucarístico. A palavra “eucaristia” literalmente significa “ação de graças” e o Novo Testamento frequentemente insta os crentes a oferecer este tipo de sacrifício de louvor: “Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que dão graças ao seu nome” (Hb 13.15). Este é o verdadeiro sacrifício eucarístico. A Escritura também fala de outros sacrifícios que os crentes devem oferecer a Deus – os nossos bens para atender às necessidades dos outros, e nós mesmos em total entrega a Deus (<i>Hb</i> 13:16; <i>Rm</i>12:1). Estes são os verdadeiros sacrifícios do Novo Testamento, mas eles nada têm a ver com a expiação do pecado.</span><br />
<span style="text-indent: 35.45pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.45pt;">Se, como vimos, não há mais sacrifício pelo pecado – qual é o significado da Ceia do Senhor? A Ceia foi estabelecida pelo Senhor Jesus como um memorial de ação de graças e louvor por seu sacrifício expiatório pelo qual os crentes estão em comunhão com Ele espiritualmente e também anunciam a sua morte até que Ele venha novamente. O pão e o vinho, como Agostinho assinala, foram dados como figuras ou símbolos visíveis do seu corpo e do seu sangue e, portanto, são expressões figurativas do seu auto-sacrifício. Eles são lembranças visíveis para o seu povo do que ele fez em seu favor. Quando o Senhor diz, “Isto é o meu corpo”, ele está falando figurativamente e não literalmente. De fato, em Mateus 26:29, Marcos 14:25 e Lucas 22:16,18, Cristo refere-se ao vinho após a consagração como o “fruto da vide”, indicando que ele ainda era vinho. Duas vezes em 1 Coríntios 11:23-27, Paulo se refere ao pão consagrado como “pão”.</span><br />
<span style="text-indent: 35.45pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.45pt;">Quando Jesus se refere a si mesmo como o pão da vida e diz que os homens devem comer a sua carne e beber o seu sangue, ele deixa claro que as suas palavras devem ser interpretadas espiritual e figurativamente: “A carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida (<i>Jo</i> 6:63). Este discurso não pode referir-se à Ceia do Senhor, pois Cristo ainda não havia instituído esta ordenança na época em que deu este ensinamento. Ele aqui não está falando da eucaristia, mas do seu sacrifício no Calvário. Todo o discurso de João 6 é uma apresentação de Jesus como o sacrifício expiatório pelo pecado do mundo na dádiva da sua carne e sangue, e como os homens devem apropriar-se dos benefícios desse sacrifício. São aqueles que<i>crêem</i> que experimentam os benefícios da sua obra, e assim quando ele compara a fé a comer a sua carne e beber o seu sangue, ele está explicando a natureza da fé salvífica como a apropriação da sua pessoa dentro do coração do crente. O Filho de Deus nos quer fazer compreender que a fé salvífica é muito mais do que um mero assentimento intelectual da verdade. Como João Calvino assinalou:</span><br />
<span style="text-indent: 35.45pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.45pt;">... que sejamos vivificados por sua verdadeira participação, a qual ele designou pelas palavras comer e beber, a fim de que ninguém pensasse que a vida que compreendemos por ele é compreendida por simples conhecimento. Pois como só o olhar não basta, e requer-se o pão como alimento para o corpo, assim também é necessário que a alma se torne verdadeiramente participe de Cristo, para que, pela virtude dele, seja conservada para a vida eterna... Deste mesmo modo o Senhor, ao chamar-se pão da vida (Jo 6.51), não somente quis ensinar que nossa salvação consiste na fé em sua morte e ressurreição, mas também que, por sua verdadeira comunicação, dá-se que sua vida seja transferida para nós e se torne nossa, assim como o pão, quando é tomado como alimento, dá vigor ao corpo </span><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><b><span style="color: blue;">[34]</span>.</b></span></span></span><br />
<span style="text-indent: 35.45pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.45pt;">Cristo muitas vezes usava uma linguagem muito vivida para imprimir verdades espirituais nas mentes dos homens. Ao falar com Nicodemus, disse-lhe que ele deveria “nascer de novo”. Ele se refere a si mesmo como uma “videira” e aos crentes como “ramos”. Estas referências obviamente não são para ser tomadas num sentido literal. Novamente, em Mateus 5:29-30 Jesus diz:</span><br />
<span style="background-color: white; line-height: 12.75pt; text-indent: 35.45pt;"><br /></span><span style="background-color: white; line-height: 12.75pt; text-indent: 35.45pt;">Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno.</span><br />
<span style="line-height: 12.75pt;"><br /></span><span style="line-height: 12.75pt;">Cristo está obviamente usando uma linguagem realística cruamente para transmitir uma importante verdade espiritual: a necessidade de um arrependimento radical do pecado. Ele fala em termos físicos mas não pretende que tomemos as suas palavras num sentido literal ou físico. Precisamente o mesmo é verdade com o seu ensinamento em João 6 e as suas palavras na instituição da Ceia do Senhor. Interpretar todas estas palavras nessas passagens literalmente seria adotar uma interpretação que diretamente contradiz o ensino da Escritura.</span><br />
<br />
O próprio Jesus nos ensina que a Igreja deve observar a Ceia “em memória de mim”. A palavra “memória” é a palavra grega que literalmente significa um memorial. A Ceia não é um altar de sacrifício, mas uma mesa de memorial, um lugar de comunhão espiritual com o Salvador pelo seu Espírito. Ensinar que Cristo instituiu um meio pelo qual o seu sacrifício pode ser perpetuado através dos tempos é contradizer o ensino básico da Escritura.<br />
<span style="text-indent: 35.45pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.45pt;">Isso torna-se ainda mais claro a partir da identificação da Ceia do Senhor com o memorial da Páscoa do Antigo Testamento. A Ceia do Senhor foi primeiramente celebrada na época da Páscoa judaica e Jesus especificamente a identifica como um equivalente quando diz: “Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa, antes do meu sofrimento” (<i>Lucas</i> 22:15). O que exatamente era a Páscoa? A Páscoa era uma festa anual estabelecida por Deus na qual os judeus deviam lembrar a noite em que o Anjo da Morte “passou além” daquelas famílias que tinham aplicado o sangue do cordeiro sobre os umbrais de suas portas (<i>Êxodo</i> 12:1-13). </span><span style="text-indent: 47.2666664123535px;">“</span>E este dia será um memorial para vós, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo<span style="text-indent: 47.2666664123535px;">”</span> (<i>Êxodo</i> 12:14). <span style="text-indent: 35.45pt;">Isto era um “memorial” para um ato específico de Deus em resgatar o seu povo do cativeiro e da morte. O “memorial” servia para trazer à memória um evento importante. Ele não repetia o evento, mas o mantinha vivo na memória através de uma representação física.</span><br />
<span style="text-indent: 35.45pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.45pt;">Assim como Deus instituiu um memorial de recordação de redenção no Antigo Testamento, ele fez o mesmo no Novo Testamento. 1 Coríntios 5:7 afirma, “Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado”. A sua morte é um fato consumado. Agora, somos chamados não para um sacrifício, mas para uma festa: “Por isso, celebremos a festa... com os asmos da sinceridade e da verdade” (<i>1 Cor.</i> 5:8). Quando Cristo afirma que o pão deve ser comido e o vinho bebido em </span><i style="text-indent: 35.45pt;">memória </i><span style="text-indent: 35.45pt;">dele, ele está usando a mesma linguagem que a do memorial do Antigo Testamento em referência à Páscoa. </span>A Ceia do Senhor não é um sacrifício, é a comemoração de um sacrifício.<br />
<span style="text-indent: 35.45pt;"><br /></span><span style="text-indent: 35.45pt;">O ensino católico romano da eucaristia contradiz a Escritura e não pode ser validado pelo consenso unânime dos Padres. Ensinar os homens a confiar na eucaristia como um evento sacrificial é minar o evangelho de Jesus Cristo. É negar a suficiência do seu sacrifício feito de uma vez por todas na cruz do Calvário. Sugerir de alguma maneira que os homens devem confiar em outra coisa que não Cristo e a sua cruz como meios de Deus para lidar com o pecado é conduzir os homens a uma falsa confiança e a um falso evangelho.</span><br />
<br />
Extraído do capítulo 8 do livro <i>The Church of Rome at the Bar of History</i> (A Igreja de Roma na Barra da História) de William Webster, pp. 117-32<br />
<br />
Tradução: Fabiano Raposo</div>
<div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<b>NOTAS </b></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[1]</span></span></span></span><span lang="PT-BR"> Para comentários dos Padres sobre a Eucaristia e a Presença Real, ver o Apêndice 8</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[2]</span></span><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"> “Nós chamamos este alimento de Eucaristia...</span><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"> Não como pão comum ou como bebida comum participamos deles, mas assim como, por meio da palavra de Deus, nosso Salvador Jesus Cristo encarnou e tomou sobre Si mesmo carne e sangue para nossa salvação, assim nos foi ensinado</span><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"> que, o alimento que se tornou a Eucaristia pela oração da Sua palavra, e o qual nutre a nossa carne e sangue pela assimilação, é a carne e sangue desse Jesus que foi feito carne”. </span><span style="line-height: 13.9099998474121px;">Thomas B. Falls, </span><i style="line-height: 13.9099998474121px;">The Fathers of the Church</i><span style="line-height: 13.9099998474121px;">, <i>Saint Justin Martyr,</i> </span><i style="line-height: 13.9099998474121px;">First Apology</i><span style="line-height: 13.9099998474121px;"> 65-66 (Washington D.C.: Catholic University, 1948), pp. 105-06. </span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[3]</span></span></span></span><span lang="PT-BR"> É bem evidente que esta profecia também alude ao pão que nosso Cristo nos deu para oferecer em memória do Corpo que Ele assumiu por amor daqueles que crêem nele, pelos quais ele também sofreu, e também ao cálice que ele nos ensinou a oferecer na eucaristia, em comemoração do Seu sangue (Ibid., <i>Dialogue with Trypho</i> 70, p. 262).</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[4]</span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"> </span></span><span lang="EN-US">Alexander Roberts and W. H. Rambaut, trans., <i>The Writings of Irenaeus, Against Heresies</i>, 5.<i>2.2</i>(Edinburgh: T. & T. Clark, 1874), p. 59</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[5]</span></span></span></span><span lang="EN-US"> Ibid., <i>Against Heresies</i> 4.18.4-5, pp. 434-35</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[6]</span></span></span></span><span lang="EN-US"> Alexander Roberts and James Donaldson, <i>The Ante-Nicene Fathers</i>, vol. III, Latin Christianity: Its Founder, Tertullian, <i>On the Resurrection of the Flesh</i>, chap. 37 (Grand Rapids: Eerdmans, 1951), p. 572</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[7]</span></span></span></span><span lang="EN-US"> Ibid., Tertullian<i>, On the Resurrection of the Flesh</i>, chap. 37, p. 572.</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[8]</span></span></span></span><span lang="EN-US"> Alexander Roberts and James Donaldson<i>, The Ante-Nicene Fathers</i>, vol. II, Clement of Alexandria, <i>The Instructor</i>, Book I, chap. VI (Grand Rapids: Eerdmans, 1951), pp. 215-22.</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[9]</span></span></span></span><span lang="EN-US"> Eusébio de Cesareia, <i>On the Theology of the Church</i>, III.11, 12. Extraído de Darwell Stone, <i>A History of the Doctrine of the Holy Eucharist</i>, vol. I (New York: Longmans, Green, 1909), pp. 85-89.</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[10]</span></span></span></span><span lang="PT-BR"> </span><i><span lang="EN-US">A Library of the Fathers of the Holy Catholic Church, The Catechetical Lectures of Cyril of Jerusalem</span></i><span lang="EN-US">, XXII.1-2, XXIII.7 (Oxford: Parker, 1842), pp. 270, 275.</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[11]</span></span></span></span><span lang="PT-BR"> </span><span lang="EN-US">Pope Gelasius I,<i> On the Two Natures in Christ. </i>Extraído de Darwell Stone<i>, A History of the Doctrine of the Holy Eucharist, </i>vol. I (London: Longmans, Green, 1909), p. 102.</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[12]</span></span></span></span><span lang="PT-BR"> </span><span lang="EN-US">J.N.D. Kelly, <i>Early Christian Doctrines</i> (San Francisco: Harper & Row, 1978), pp. 440-41, 445-46.</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[13]</span></span></span></span><span lang="PT-BR"> Para comentários de Agostinho sobre a natureza da Eucaristia e a Presença Real, v. Apêndice 8.</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[14]</span></span></span></span><span lang="PT-BR"> “Se a frase... parece incentivar um crime ou vício... é figurativa. ‘se não comerdes a carne do Filho do homem’, diz Cristo, ‘e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós’. Isso parece incentivar um crime ou um vício; é portanto uma figura, que incentiva a participarmos nos sofrimentos de nosso Senhor, e a conservarmos uma memória doce e proveitosa do fato de que Sua carne foi ferida e crucificada por nós”. Philip Schaff, <i>Nicene and Post-Nicene Fathers</i>, vol. </span><span lang="EN-US">II, St. Augustin: The City of God and On Christian Doctrine, <i>On Christian Doctrine</i> 3.16.2 (Grand Rapids: Eerdmans, 1956), p. 563.</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[15]</span></span></span></span><span lang="PT-BR"> “Em relação à presença da Majestade nós temos a Cristo sempre; em relação à presença da carne, foi dito com razão aos discípulos “mas vós não me tereis sempre”. Pois a igreja teve-O em relação à presença da carne, por uns poucos dias; agora o contemplamos pela fé, não com os olhos”. A Library <i>of the Fathers of the Holy Catholic Church, Homilies on the Gospel According to St. John by S. Augustine</i>, Homily 92.1, p. 873; Homily 50.13 (Oxford: Parker, 1849), pp. 677-78.</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[16]</span></span></span></span><span lang="PT-BR"> </span><span lang="PT-BR">Philip Schaff<i>, Nicene and Post-Nicene Fathers</i>, vol. </span><span lang="EN-US">VII, St Augustin, <i>Homilies on the Gospel of John</i>, Tractate XXVI.I (Grand Rapids: Eerdmans, 1956), p. 168.</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[17]</span></span></span></span><span lang="PT-BR"> Por exemplo: teólogos tais como Duns Scotus, Biel, Occam e Wessel. V. Seeberg, vol.2, p. 203ss, para detalhes.</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[18]</span></span></span></span><span lang="PT-BR"> </span><span lang="PT-BR">Karl Keating, <i>Catholicism and Fundamentalism</i> (San Francisco: Ignatius, 1988), p. 238.</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[19]</span></span></span></span><span lang="PT-BR"> Philip Schaff, <i>The Creeds of Christendom, </i>vol. II<i>, The Canons and Decrees of the Council of Trent</i> (New York: Harper, 1877), pp. 179, 184-85.</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[20]</span></span></span></span><span lang="PT-BR"> </span><span lang="EN-US" style="background: rgb(255, 247, 239);">Philip Schaff,<span class="apple-converted-space"> </span><i>Nicene and Post-Nicene Fathers</i>, vol. I,<span class="apple-converted-space"> </span><i>The Confessions and Letters of St Augustin</i>, Letter 98.9, Ad Boniface (Grand Rapids: Eerdmans, 1956), p. 410.</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[21]</span></span></span></span><span lang="PT-BR"> </span><span lang="PT-BR">Sentences, book IV, dist. 12, cap. 5. Extraído de Francis Clark, <i>Eucharistic Sacrifice and the Reformation </i>(Oxford: Basil Blackwell, 1967), p. 407.</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[22]</span></span></span></span><span lang="PT-BR"> <span style="background: rgb(255, 247, 239);">Karl Keating,<span class="apple-converted-space"> </span><i>Catholicism and Fundamentalism<span class="apple-converted-space"> </span></i>(San Francisco: Ignatius, 1988), p. 255.</span></span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[23]</span></span></span></span><span lang="PT-BR"> “Deus, portanto, anunciou antecipadamente que todos os sacrifícios oferecidos em Seu nome, os quais Jesus Cristo ordenou que fossem oferecidos, isto é, a Eucaristia do Pão e do Cálice, que é oferecida por nós, Cristãos, em toda a parte do mundo, são agradáveis a Ele... Agora, eu também admito que orações e ações de graças, oferecidas por pessoas dignas, são os únicos sacrifícios perfeitos e aceitáveis a Deus”. Thomas Falls, <i>Saint Justin Martyr</i> Dialogue with Trypho 117, (Washington D.C.: Catholic University, 1948), p. 328.</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[24]</span></span></span></span><span lang="EN-US"> Alexander Roberts e W.H. Rambaut, <i>The Writings of Irenaeus, Against Heresies</i> IV.17.5-6,18.1-4 (Edinburgh: T. & T. Clark, 1874), pp.430-35.</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[25]</span></span></span></span><span lang="PT-BR"> </span><span lang="EN-US" style="background: rgb(255, 247, 239);">Alexander Roberts e James Donaldson,<span class="apple-converted-space"> </span><i>The Ante-Nicene Fathers</i>,<span class="apple-converted-space"><i> </i></span>vol. </span><span lang="PT-BR" style="background: rgb(255, 247, 239);">III, Latin Christianity: Its Founder, Tertullian,<span class="apple-converted-space"> </span><i>An Answer to the Jews</i>,<span class="apple-converted-space"><i> </i></span>ch. 5 (Grand Rapids: Eerdmans, 1951), pp. 156-57.</span><br />
<span lang="PT-BR"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span><span lang="PT-BR"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[26]</span></span><span lang="PT-BR"> Eusébio,</span><span lang="PT-BR"> </span><i><span lang="PT-BR">Dem. Evang</span></i><span lang="PT-BR">.</span><span lang="PT-BR"> </span><span lang="PT-BR">I.x.28-38. Extraído de Darwell Stone,</span><span lang="PT-BR"> </span><span lang="PT-BR"><i>A</i> <i>History of the Doctrine of the Holy Eucharist</i>,</span><span lang="PT-BR"> </span><span lang="PT-BR">vol. I (New York: Longmans, Green, 1909), pp. 110-11.</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[27]</span></span></span></span><span lang="PT-BR"> Para uma documentação detalhada dos ensinos dos Padres e de Agostinho sobre a natureza do sacrifício eucarístico, ver o Apêndice 9.</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[28]</span></span></span></span><span lang="PT-BR"> “Enquanto consideramos que já não é um dever oferecer sacrifícios, reconhecemos sacrifícios como parte dos mistérios da Revelação, pela qual as coisas profetizadas foram preanunciadas. Pois eles foram nossos exemplos, e de muitas e várias formas apontavam para o único sacrifício que agora comemoramos. Agora que este sacrifício foi revelado e foi oferecido no tempo devido, sacrificar não é mais obrigatório como um ato de culto, ao mesmo tempo que mantém a sua autoridade simbólica... Antes da vinda de Cristo, a carne e o sangue deste sacrifício estavam prefigurados nos animais imolados; na paixão de Cristo os tipos foram cumpridos pelo sacrifício verdadeiro; após a ascensão de Cristo, este sacrifício é comemorado no sacramento”. </span><span lang="EN-US">Philip Schaff,<i>Nicene and Post-Nicene Fathers</i>, Vol. IV, St. Augustin: The Writings Against the Manicheans and Against Donatists, <i>Reply to Faustus the Manichean</i> 6.5, 20.21 (New York: Longmans, Green, 1909), pp. 169, 262.</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[29]</span></span></span></span><span lang="PT-BR"> “Pois, como temos muitos membros em um só corpo, e todos os membros não têm o mesmo ofício, assim nós, sendo muitos, somos um só corpo em Cristo. Este é o sacrifício dos cristãos: que sendo muitos, somos um só corpo em Cristo. E este é também o sacrifício que a Igreja celebra continuamente no sacramento do altar, conhecido dos fiéis, no qual ela ensina que ela mesma é oferecida na oferta que faz a Deus... Pois nós mesmos, que somos a Sua própria cidade, somos o Seu mais nobre e digno sacrifício, e é este mistério que celebramos em nossos sacrifícios, os quais são bem conhecidos dos fiéis... Pois, através dos profetas, os oráculos de Deus declararam que os sacrifícios que os judeus ofereciam como uma sombra daquele que deveria haver cessariam, e que as nações, desde o nascer até o pôr-do-sol, ofereceriam um só sacrifício”. Philip Schaff,<i> Nicene and Post-Nicene Fathers</i>, Vol. II, p. 230-231. St. Ausgustin: The City of God and On The Christian Doctrine, <i>The City of God</i> Book 10, ch. 6; Book 19, ch. 23 (Grand Rapids: Eerdmans, 1956), pp. 184, 418.</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[30]</span></span></span></span><span lang="PT-BR"> <i><span style="background: rgb(255, 247, 239);">A Library of the Fathers of the Holy Catholic Church</span></i><span style="background: rgb(255, 247, 239);">,<span class="apple-converted-space"><i> </i></span>Epistle 63.11 (Oxford: Parker, 1844), p. 192.</span></span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[31]</span></span></span></span><span lang="PT-BR"> </span><span lang="PT-BR">Philip Schaff, <i>Nicene and Post-Nicene Fathers</i>,<i> </i>vol. XII, Saint Chrysostom, <i>Homilies on the Epistles of Paul to the Corinthians</i>,<i> </i>Homily 24.4-5 (Grand Rapids: Eerdmans, 1956), pp. 139-40.</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[32]</span></span></span></span><span lang="PT-BR"> </span><span lang="EN-US" style="background: rgb(255, 247, 239);">Philip Schaff,<span class="apple-converted-space"> </span><i>History of the Christian Church</i></span><span lang="EN-US"><span style="background: rgb(255, 247, 239);">,</span> <span style="background: rgb(255, 247, 239);">vol. 4 (Grand Rapids: Eerdmans, 1910), p. 548.</span></span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[33]</span></span></span></span><span lang="EN-US"> Ver Hebreus 7:27; 10:10-14, 10:18</span><br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;"><br /></span></span></span></span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="line-height: 13.9099998474121px;">[34]</span></span></span></span><span lang="PT-BR"> </span><span lang="EN-US">The Library of Christian Classics, John McNeill, ed., vol. </span><span lang="PT-BR">XXI, Calvin:<i> Institutes of the Christian Religion</i>, vol. II, Book IV, ch. 17 (Philadelphia: Westminster, 1960), p. 1365.</span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13084987825337135010noreply@blogger.com0